sábado, 23 de abril de 2016

Globo Repórter sobre a Chapada das Mesas

Foi exibido no dia 22 de abril passado, o programa Globo Repórter dedicado integralmente sobre a Chapada das Mesas. Sempre esqueço de assistir esse programa, mas ontem, sabendo do tema, me programei e consegui assistir na sua totalidade.

O programa foi muito bom, apesar não ter falado nada sobre a cidade de Carolina, o importante foi que conseguiu mostrar a riqueza da natureza naquele local. Foi mostrado diversos pontos turísticos, como a Cachoeira do Santuário,  Cachoeira de São Romão, Poço Azul , Encanto Azul e Cachoeira de Santa Bárbara.

Dessas que foram retratadas nas reportagens, eu ainda não conheço a de Santa Bárbara e a de São Romão. Pretendo pagar essa dívida assim que puder.

Para quem perdeu o programa, ai vão os links dos mesmos, por blocos.

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/04/trilha-traicoeira-leva-ate-cortina-dagua-da-cachoeira-de-sao-romao.html

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/04/formatos-da-natureza-surpreendem-na-chapada-das-mesas.html

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/04/encanto-azul-e-uma-das-belas-surpresas-da-chapada-das-mesas.html




quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Whiplash

É raro eu querer assistir um filme segunda vez, tive a grata surpresa de assistir Whiplash com Miles Teller no papel de Andrew Neiman e J. K. Simmons como Terence Fletcher e o prazer de repeti-lo. Assisti ao filme antes da cerimônia do Oscar e para minha surpresa o J. K. Simmons foi laureado com o Oscar de melhor ator coadjuvante, já havia levado o SAG Awards. Whiplash é um raro filme sobre jazz, um raríssimo filme ficcional sobre um baterista de jazz. O personagem de Teller é pressionado a limites extremos de excelência, extremos com os quais a maioria das pessoas não resistiria. É tão inusitado quanto tocar baixo à frente das guitarras como fazia Jaco Pastorius com a banda Whether Report. Não vi ninguém mais fazer isso.

Ficções de Jazz
Filmes ficcionais que envolvem a temática jazzística são raros eu mesmo me recordo com deleite de alguns como: Mo' Better Blues (com Denzel Washington antes de ser Malcomm X, Wesley Snipes antes de virar Blade), de La leggenda del pianista sull'oceano (com Tim Roth no papel do pianista 1900) e o também excelente Sweet and Lowdown dirigido e escrito por Woody Allen. Mas invariavelmente os filmes de jazz são documentários ou biográficos como Cadillac Records (com Beyoncé Knowles fazendo o papel de Etta James), de Ray (com Jamie Foxx no papel de Ray Charles) e Bird (com Forest Whitaker e dirigido por Clint Eastwood)

Bateristas 
Bateristas são músicos que normalmente se destacam pouco, normalmente estão atrás dos seus instrumentos e suas performances nem sempre tem a preferência e admiração do público como um cantor, um pianista ou guitarrista tem. Você mesmo pode fazer um teste. Qual o primeiro nome que lhe vem à cabeça quando você é perguntado sobre qual baterista você conhece ? Eu particularmente me lembro do selvagem e louco Animal da banda Dr. Teeth and The Electric Mayhem dos Muppets e do excepcional Phill Collins e só. Lembro também do brasileiro Naná Vasconcelos, mas ele é mais um percussionista e não baterista. 
Animal com a banda Dr. Teeth and The Electric Mayhem

Se filmes sobre jazz são raros e quando são feitos normalmente são documentários, curtas e ou animações. Que tal uma ficção sobre um baterista de jazz levar um Oscar ? É algo bem inédito. Filmes com bateristas (drummers) como protagonistas são pouquíssimos. Encontrei somente 6, sendo dois biográficos - The Gene Krupa Story de 1959 e That Thing You Do! de 1996; dois documentários - Beware of Mr. Baker de 2012 sobre a vida de Ginger Baker, ex-baterista das bandas Cream e Blind Faith e The Savoy King: Chick Webb and the music that changed America de 2012 sobre a vida de Chick Webb; e outros dois puramente ficcionais -  The Strip de 1951 The Jazzman de 2009. Nenhum deles com grande repercussão além de "That Thing You Do!" cuja temática é de rock e não de jazz. "That Thing You Do!" reconta a história da banda The Wonders, mas o diferencial foi o elenco que contava com Tom Hanks, Liv Tyler e Charlize Theron. 

Whiplash
Neste cenário surge Whiplash e agora com um Oscar no currículo. O que Whiplash tem que o torna tão bom ?
Em Whiplash eu vejo a busca pela excelência como a única opção. A opção pelo razoável, pela sobrevivência é a opção pela derrota. E quando a opção pela excelência parece inviável, aí então não se tem nada a perder e aqueles que não tem nada a perder se tornam perigosos.
Para ser excelente é preciso querer muito mais, querer ao ponto de se doar completamente, sacrificar tudo, ir até ao ponto de sangrar. Vemos isso em muitas situações, nos esportes, no mercado, no amor, na luta pela vida dos que amamos, enfim a luta sangrenta, ferrenha, levada a limites extremos nos encanta não importa o enredo.
Entretanto o contexto da música, da excelência musical, jazzistica e no caso de bateria nunca tinha visto. Na juventude ouvi bastante Dizzy Gillespie, Charles Mingus, John Coltrane e Miles Davis e na vida de cada um vemos a genialidade e intensidade de produzir música com o seu instrumento deixando sua marca na história. Vemos isso na vida de Ray Charles, um negro, cego que se vê como a única saída possível, tocar e fazer música como a redenção e significado de sua vida mesmo apesar de toda a adversidade.
Em Whiplash, apesar de ficção, temos esses elementos estão presentes. Terence Fletcher é o professor mais exigente do Conservatório Shafter e atrai um jovem baterista do primeiro ano - Andrew Neiman - para tocar em sua banda, a mais prestigiada do Conservatório. Andrew Neiman é recebido graciosamente, mas no primeiro ensaio leva uma sequência de bofetadas para fazer o compasso correto.
Apesar do início desastroso, Neiman não desiste e pratica ao extremo a música Whiplash, um jazz de Hank Levy. Eis aqui três execuções da mesma:

Áudio da performance da Towson State University Jazz Ensemble em 1979 numa versão mais equilibrada


Áudio da performance do filme Whiplash com a bateria tem o destaque


Performance do The Branford Marsalis Quartet com piano, baixo, sax e bateria e o baterista numa execução eletrizante



Caravan
Neiman desbanca o baterista titular e quando começava a saborear a vitória, se vê em uma nova competição com mais outro baterista para tocar na mesma banda a música Caravan de Juan Tizol e Duke Ellington de execução mais difícil, ainda assim ele vence. Então a trama se complica quando Neiman não consegue se apresentar e é expulso da banda e ataca fisicamente a Fletcher e sua carreira acadêmica no Conservatório Shafter chega ao fim com sua expulsão da instituição. 
Neiman se vê sem rumo. Neiman tem o apoio do pai. Ele o criou sozinho. E este pai é um pai especial pois o acompanha, protege e o apoia. É um personagem de atuação discreta, mas decisiva. Por conselho do pai, Neiman depõe contra Fletcher em um processo sigiloso e este é expulso do conservatório devido seu método heterodoxo de forçar os alunos a ir além dos seus limites.

Vingança - um prato que se come frio
Neiman e Fletcher se reencontram, Fletcher está tocando e se apresentando em competições de Jazz. E atrai Neimam para uma apresentação muito importante, que pode-se dizer é uma apresentação capital para um público muito seleto onde ótimas performances serão certeza de uma carreira promissora e contratos certos e uma péssima apresentação nunca será esquecida.
Fletcher garante que Neiman dará conta do trabalho, as músicas são as mesmas da banda do Conservatório. Então temos a esperança que será o coroamento do talento de Neiman como baterista e de Fletcher como criador de excepcionais músicos. Na verdade é a vingança de Fletcher que com a banda no palco diz a Neiman que sabe que foi a acusação dele no processo sigiloso que ocasionou a sua demissão do Conservatório Shafter e comanda uma música que Neiman não conhece e nem tem a partitura.
Neiman se vê num beco sem saída ao executar a música toda errada e ao fim dela sai do palco cabisbaixo e sem esperança.

A reviravolta
 Seria um desfecho triste, o fim de qualquer ambição dele como músico. Aqui 2 coisas se destacam.
A primeira o pai que o espera fora para o abraçar e acolher. Que pai ! Que cuidado ! Que amor ! Que exemplo de companheirismo e doação. Ele abraça Neiman e então este serenamente se refaz. A segunda é o contra-ataque totalmente inesperado de Neiman. O contra-ataque daquele que nada tem a perder, pois já perdeu tudo. Neiman volta ao palco, e sem esperar por Fletcher, começa a tocar Caravan, faz uma introdução só com a bateria, e faz a banda começar a tocar com ele. Fletcher não tem saída senão execução forçada da música e a conduz inicialmente desconfortável pela situação pois o pupilo o pôs contra a parede e agora o está dirigindo. A música vai ao auge, Fletcher se vê envolvido. A música termina, mas Neiman continua num solo de bateria, uma obra-prima, intensa, contagiante que Fletcher se vê derrotado, conquistado pela execução. Neiman se exaure, baba, sangra... Neiman determina o fim de uma obra de jazz, única, improvisada, sem igual. O seleto grupo de experts da plateia, não esquecerá daquele baterista nunca mais. Veja três execuções de Caravan ... 

A execução dos compositores Juan Tizol com a Duke Ellington and his Orchestra


Aúdio da execução de Caravan no filme Whiplash



Caravan executada por membros da Jazz at Lincoln Center e Tomorrow's Warriors



A inspiração
Mas como no mundo da arte nada cria, toda arte de hoje é fruto da arte de ontem repaginada, misturada, refeita. Assim sendo é inegável a semelhança da insana performance do baterista real Buddy Rich com a performance do fictício Neiman faz no filme. Tire suas próprias dúvidas.


Buddy Rich em performance inspiradora


É parecido ou não é ? Depois de Whiplash, talvez a gente preste mais atenção no cara armado de baquetas.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O Novo Complexo de Pedra Caída , em Carolina-MA

Entrada do Complexo
Aproveitando a disponibilidade de tempo, já que era fim das minhas férias,  aliado à vontade de fazer uma viagem curta, arrumei as malas e fui em um destino muito conhecido pelos moradores de Imperatriz e região: O  Novo Complexo de Pedra Caída.

A diferença agora é que está praticamente pronta a nova estrutura, faltando somente inaugurar os quartos do hotel e dos novos chalés. Quem conhecia a estrutura antiga, ao ver como ficou,  com certeza ficará positivamente surpreso. A mudança foi radical.

BR 230 : Pouco movimentada e sem buracos
O complexo dista aproximadamente 210 km da cidade de Imperatriz , que é também a única cidade da região com voos comerciais diários (Gol, Tam e Azul). A estrada até este ponto turístico é muito boa, sendo que é necessário mudar de rodovia apenas uma vez, saindo da BR 010 e entrando na BR 230. O trânsito  nesta última é muito pequeno, e toda a estrada foi recapeada recentemente.

Chegando no complexo, é tudo novo: da entrada a como os passeios são realizados.  Há agora uma recepção e uma área com um painel onde são mostradas fotos de todas as cachoeiras e atividades que podem ser ali praticadas . Neste momento, há funcionários que explicam com detalhes como são as cachoeiras, tempo do passeio, distância, etc. Falaram até que para tirar fotos na Cachoeira do Santuário (a maior),  bom mesmo é usar uma câmera “Go Pro”!

Novas piscinas
Construíram 3 grandes piscinas, infantil e adulto, com bar molhado.  Foram colocados também algumas tendas, cadeiras e guarda sóis. O restaurante self service oferece comida razoável  a um preço justo, não tão caro como poderíamos acreditar por estar em um ponto turístico.

No complexo, existem várias cachoeiras que podemos visitar, sendo que os preços variam. Ao pagar o passeio, é também agendado o horário de saída. Como não conhecia, resolvi ir nas cachoeiras do Capelão e da Caverna. O trajeto até as cachoeiras é feito em um caminhão próprio, coberto. A viagem é tranquila e segura, já que a estrada está em boas condições.





Entrada da Cachoeira da Caverna
Logicamente, o caminhão não chega até a cachoeira, devemos descer e caminhar um pouco no meio do cerrado. Mas nada distante, qualquer pessoa consegue ir. A primeira cachoeira foi a da Caverna, que tem esse nome porque antes de chegarmos nela, temos que passar por uma grande caverna.  É impressionante o tamanho da rocha! A cachoeira também é muito bonita, mas não se compara à cachoeira principal do complexo, a do Santuário.

Cachoeira da Caverna
Após isso, saímos e fomos à cachoeira do Capelão. Infelizmente, o guia-motorista não falou o porque disso. Acho que esse é um ponto a melhorar, já que durante o passeio não é dito nada a respeito das cachoeiras ou do complexo, e sim somente na hora da contratação do mesmo.

Nesta cachoeira do Capelão, temos que descer umas escadas. Neste momento, houve um pouco de reclamação das pessoas mais sedentárias, mas também, nada demais, qualquer pessoa consegue ir. A cachoeira também é muito bonita, realmente vale a pena conferir. O passeio ao todo durou cerca de 2 horas.


Como ainda não há disponibilidade de quartos no complexo, resolvemos ir para Carolina atrás de um hotel. Há muito tempo tentava ficar na Pousada dos Candeeiros, mas infelizmente sempre a encontrava lotada.


Cachoeira do Capelão

Por sorte, e por ter havido uma expansão, aumentando o número de quartos, consegui lá ficar. A pousada é muito boa, com atendimento atencioso dos funcionários e proprietários.A noite, fomos à praça principal jantar, e por indicação da pousada, fomos à pizzaria Tio Pepe. A  dica  realmente se confirmou: a pizza estava muito boa!!!

Por conhecer já ha muito tempo, de outros passeios,  foi visível perceber que a  cidade melhorou muito a estrutura,com várias opções de hotéis e principalmente restaurantes. O ponto negativo é que a gasolina em Carolina é extremamente cara (R$3,84 o litro)

Há também na cidade várias empresas que organizam passeios a outras atrações da região , os chamados de “receptivos”. Nunca usei nenhum dos serviços destas empresas, por isso não posso  afirmar sobre a qualidade. Para achar, basta uma rápida pesquisa no google.

Pessoalmente, achei que ir a Carolina e a Pedra Caída é mais fácil do que ir aos Lençóis Maranhenses, já que a estrada é mais sinalizada , e além disso, praticamente durante todo o ano as cachoeiras da região podem receber visitação , ao contrário dos grandes lençóis,  que existe uma data “ótima” para conhecer em sua plenitude.Deste modo, já terminado, indico a todos que puderem ir, que o façam, pois vale muito a pena.








domingo, 7 de dezembro de 2014

Por um fio, de Drauzio Varella

Eu já havia lido "Estação Carandiru" a muito tempo atrás, recordo-me que achei muito bem escrito, com cada história cheia de realismo entremeado de peculiaridades bem simples, mas tão próximos de nós que nos transportava para aquelas cenas duras cruentas, algumas difíceis de imaginar, mas tão chocantes que nos fazia perguntar até onde o ser humano é capaz de ir em situações extremas.
Por um fio é igualmente eivado de realidade, de pormenores inegavelmente próximos de nós, porém traz a sabedoria explícita de saber que estamos indo para o fim. Fim que para alguns dos pacientes ao longo dos 40 anos de carreira do médico Drauzio Varella, é recebido das mais diferentes formas, porém nunca evitado. O livro não explica porque ele escolheu a oncologia, área em que nos anos 70 a morte era rápida e certa. Com o passar dos anos o médico passou a colher algumas vitórias, então veio a AIDS e Varella retomou sua rotina de perda de pacientes. Assim dito parece que perdia algo sem valor, mas não a perda era de vida eram com histórias e dramas e preconceito e lutas e dor muita dor. Histórias de grandeza, de mesquinharia, de ingratidão, mas também de felicidade, de sabedoria, de dedicação e amor. Varella conta que os nomes dos pacientes foram trocados, mas os relatos são tão cheios de realidade que ser impossível não haver licença poética nos detalhes, que de tantos que são, creio serem fictícios, porém dão leveza ao enredo.
Varella racionalista que é, nunca entra em questões de fé, mas relata como o câncer é democrático e a todos escolhe, de todos os tipos de crenças, ascendências, status ou conhecimento.
Também é patente a suprema satisfação de salvar uma vida. A realização e a relação de amizade que se segue, a satisfação do trabalho bem feito. Nesse sentido Varella supera toda o sacrifício e o estresse por cuidar de tantas pessoas, perder a maioria delas, mas ainda assim salvar algumas. Não há como não ter uma ponta de inveja dos médicos. Varella então é um caso mui digno, pois escolheu por duas vezes atuar com pacientes de doenças extremamente letais - o câncer e a AIDS, ambas cercadas de muita ignorância e preconceito.
O ato final do livro conta a maior das derrotas. A perda do irmão de Varella, Fernando, também médico e que trabalhou com ele por anos a fio salvando vidas na clínica dos dois. É um relato difícil, racional, detalhado de todas as decisões e tentativas, exames, tratamentos até que o câncer prevaleceu e não restou a Varella fazer a suprema vocação do médico - aliviar a dor dos doentes. 
Por isso tudo isso "Por um fio" é um ótimo livro e vale a pena ser lido.

domingo, 11 de maio de 2014

Sobre automóveis.......!!!


Quem me conhece sabe que um dos meus hobbies são automóveis. Gosto de ler matérias, acompanhar lançamentos ,observar o design, conhecer detalhes dos modelos e quando posso, dirigir os mais diversos tipos de veículos.

De vez em quando , vou em alguma concessionária da cidade ver de perto algum lançamento. Desta vez, estava passando perto da concessionária da Toyota e fui ver o "Novo" Corolla.

O Corolla antigo, mesmo sendo defasado em design e tecnologia, era o líder do segmento dos sedans médios. Junto com o Civic , responde por quase 50% das vendas.O terceiro é o Chevrolet Cruze.

Existem diversas matérias na imprensa especializada dissecando completamente o novo modelo. Lí várias, e já com as informações na mente, pude constatar "ao vivo" se batiam com o que iria encontrar.

Numa visão rápida,vamos começar com os pontos positivos.Realmente, o carro é muito bonito.É quase uma revolução se compararmos com o modelo anterior.O carro é maior, e com isso, o espaço para os passageiros ficou muito bom, ajudado com o assoalho traseiro totalmente plano.

Finalmente, a Toyota trocou o defasado cambio automático de apenas 4 velocidades por um moderníssimo câmbio CVT de 7 marchas. Além disso, desde a versão básica já conta com diversos air bags (cinco, incluindo um de joelho para o motorista)

Agora os pontos negativos. Vou me ater apenas em 2, que foi os que chamaram mais atenção. Primeiramente , confirmando as fotos e os comentários, sim, o painel interno do carro é horroroso . Chega a chocar , que um carro tão bonito por fora tenha um painel tão feio. O painel , além de feio, remete e lembra carros antigos, da década de 80. Talvez seja o choque inicial, e com o tempo , a pessoa se "acostume".

O segundo ponto negativo é a completa e absoluta falta de ESP (controle de estabilidade) e ECS (controle de tração) nos Corollas, mesmo no modelo mais caro, que chega a custar mais de 92 mil reais. O certo mesmo seria vir de série, como em alguns concorrentes (No Civic vem somente na versão mais cara), porém a Toyota deveria colocar pelo menos como opcional da versão Altis.

Infelizmente, 90% das pessoas nem sabe o que significa ESP nem  ESC, então a Toyota fingiu que não existe e deixou o carro sem.  Pena que alguns acidentes poderiam ser evitados com esses equipamentos. Detalhe que nos Corollas Europeu e Norte Americano , estes recursos estão presentes.

Cabe aqui destacar o bom atendimento que recebi na concessionária Toyota, por parte da vendedora Juliana de Castro. Me atendeu com atenção , defendendo os pontos fortes do carro, e tentando justificar os defeitos.Mesmo sem me conhecer ou pedir, me ofereceu diversas vezes para fazer o  Test Drive no carro. Somente não o fiz porque estava sem tempo. Mas ela me afirmou que poderia ir qualquer dia e hora que eu poderia dirigir o carro.

Enfim, com certeza os pontos positivos são maiores do que os negativos, acredito que o carro venderá muito, como já está aparecendo nos últimos informes de vendas.

O que é ESP?


Aproveitando o ensejo, vamos explicar o que significa esse recurso presente em diversos veículos, que infelizmente, foi limado do novo Corolla.

Segundo o site Best Cars "Na maioria dos automóveis, o motorista tem de corrigir por si mesmo a trajetória do carro em situações como curvas muito rápidas e desvios, o que exige habilidade e nem sempre termina bem. Para alguns modelos, porém, isso é coisa do passado: já existe o controle eletrônico de estabilidade.

O nome já diz tudo: ele estabiliza o carro. Este, ao começar a desgarrar, faz com que o sistema aja como uma grande "mão invisível" que coloca o automóvel de volta a sua trajetória original, quase como se andasse sobre trilhos."

Digitando ESP no Google, diversos sites surge com o conceito. Diz a Wikipédia:

"O ESP (Electronic Stability Program, ou Programa Eletrônico de Estabilidade) - também referido como ESC (Electronic Stability Control) é um sistema presente em automóveis, responsável por monitorar a trajetória dos veículos e - num desvio repentino - atuar individualmente nos freios, acionando cada um deles na medida correta a fim de manter o veículo sob controle e auxiliar o motorista no acerto da trajetória de curso. O sistema atua em conjunto com o freio ABS, utilizando-se da premissa de não travamento das rodas - princípio do ABS - para efetuar seus acertos em situações adversas

O recurso é tão importante que na Europa, TODOS os veículos serão obrigados a possuírem ESP a partir de outubro de 2014, conforme podemos ver nesta matéria.

Para ilustrar, vamos colocar alguns vídeos , que mostram como o sistema age. Chega a assustar, pois podemos perceber que um sistema destes pode ser a diferença entre a vida e a morte, no caso de acidentes:

Vale a pena completo,mas se você estiver sem paciência, comece nos 4:10!!

Vídeo de Funcionamento no Chevrolet Cruze (vale para outros veículos , o princípio é igual)

Infelizmente, se talvez os consumidores exigissem, as fábricas se sentiriam "incentivadas" a colocar este e outros recursos nos automóveis brasileiros.Lembremos que Air Bag duplo e ABS somente passaram a ser obrigatórios no Brasil  após o Governo Federal obrigar as montadoras a equiparem seus produtos. Do jeito que as coisas são, talvez somente com isso, através de Leis, teremos no Brasil carros mais seguros, infelizmente 











sexta-feira, 9 de maio de 2014

Namorando um Sistema Operacional

Este texto contém informações (spoilers) sobre o filme Her, caso tenha problemas em saber sobre o filme antes de assisti-lo, não continue a leitura. Todo profissional da área de TI trabalha com vários Sistemas Operacionais (SO). Alguns pelo tempo de experiência e conhecimento acumulado podem se tornar desenvolvedores, difusores, entusiastas e fãs do seu SO preferido. Alguns tatuam a logo, lema ou nome do seu SO. Veja alguns exemplos aqui. Neste fim de semana assisti a Her (lançado no Brasil como Ela), filme de Spike Jonze, no qual o personagem principal Theodore Twombly (Joaquim Phoenix) é um escritor de cartas românticas. Ele escreve cartas para outras pessoas entregarem aos seus queridos. Como se o amor deles não tivesse inspiração suficiente para escrever ao de sua própria espécie. Theodore vive solitário numa sociedade moderna, urbana, tecnologicamente desenvolvida com poucos contatos sociais. Theodore está em processo de divórcio de sua ex-esposa, vai de casa para o trabalho, do trabalho para casa, sem ânimo, numa vida blasé, deprimida, cheia de lembranças da ex-esposa. Na intenção de mudar de ares Theodore compra um novo SO que se propõe a ser revolucionário, não só um software quer permitirá utilizar os recursos do hardware, como o é atualmente, mas uma consciência que lhe suprirá suas necessidades relacionais e sociais. 
Veja que isto é algo grande para os dias de hoje, mas para o mundo de Theodore não é lá grande coisa pois as pessoas já contam com SOs que atendem a comandos por voz, não há teclados, a interface é muito simples, há um fone de ouvido e microfone pelo qual o SO se comunica com o usuário e a voz do usuário é prontamente atendida. Theodore ao chegar em casa jogo um game projetado na sua sala de estar, isso não é novidade pois já há tecnologia para isso hoje (veja aqui), mas o personagem do jogo interage com Theodore de um modo bem humano.
Aí é que o SO do filme se supera, adota uma voz humana feminina perfeita com inflexões vocais, voz um pouco rouca, que ri, gargalha, suspira, arfa, conversa e atende Theodore. Diverte-o como uma garota numa relação à distância. Theodore mostra o mundo para o SO que se autonomeou Samantha, passeia com Samantha, leva-a a seus programas com amigos e familiares. Theodore apaixona-se e passa a namorar a Samantha que o corresponde. Parece insano namorar um SO, mas Samantha faz todo o sentido na vida deprimida e vazia de Theodore, que finalmente consegue se desligar da ex-esposa. Samantha ultrapassa todos os limites quando na intuito de completar sua relação com Theodore encontra alguém que concorda emprestar seu corpo para Theodore ter uma relação sexual completa. Mas Theodore rejeita essa solução e não consegue ir além e toda a relação desmorona.
Vem à tona uma característica básica de todo SO - ser multitarefa. Todo SO passa a ilusão que atende somente ao usuário, porém eles executam várias atividades ao mesmo tempo. Ou seja mesmo quando Samantha estava conversando, interagindo com Theodore, ela tinha ainda muito tempo ocioso. Grande capacidade, muito tempo ocioso não deu outra, enquanto Theodore pensava na relação Samantha desbravava o mundo via rede, como se o mundo caminhasse para a versão de O Exterminador do Futuro sem robôs e com SOs no lugar deles. Samantha utilizar toda a capacidade do hardware disponivel para descobrir, se comunicar e se apaixonar por outros usuários e outros SOs.Num momento do filme em que o placar é mostrado Samantha está tendo aproximadamente 8300 conversas simultâneas e 641 amores.
Óbvio que Theodore não suporta esta situação, mas também ninguém suporta pois ele não é o único a se apaixonar pelo seu SO. Os envolvimentos entre usuários e SOs está descontrolado. Aparentemente o fabricante resolveu descontinuar o SO dado os prejuízos emocionais dos usuários sem recorrer a patch de fidelidade exclusiva.
A história construída por Spike Jonze é bem criativa e peculiar. Infelizmente creio que a realidade criada por Jonze não está distante de nós. Há comunidades no mundo que estão prontas para envolvimentos como esses. Há muita gente no mundo que tem contatos sociais e presenciais mínimos, estão habituados a estar conectados a outras pessoas, mas nunca a pessoas presentes. É aquela bizarrice de se sentir confortável se comunicando via mensagens dentro da mesma casa. Parece que presença causa uma inadequação intratável. Os recursos tecnológicos criados para nos comunicar e relacionar podem perfeitamente substituir as pessoas e as relações tornando-se um fim em si mesmo...
E aí está pronto para se apaixonar por um software ?

terça-feira, 8 de abril de 2014

Mais notícias boas!!!


Navegando pela internet ontem, fui surpreendido com a notícia que a Receita Federal irá implementar tributação "on line" em todos as mercadorias importadas. Ai vai o link da notícia:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,receita-vai-apertar-cerco-as-importacoes-via-web,1150344,0.htm

Recortei o trecho abaixo:

Receita vai apertar cerco às importações via web

No primeiro bimestre, compras feitas pelos brasileiros no exterior e entregues pelos Correios cresceram 40% em relação ao ano passado 

O sistema deverá entrar em teste em setembro deste ano, segundo informou a chefe da Divisão de Controles Aduaneiros Especiais da Receita, Edna Beltrão Moratto. A previsão é que seja implantado em janeiro de 2015.
Segundo Edna, os impostos federais incidentes sobre as compras no exterior pela via postal são de 60%. Mas ainda tem o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual. Os Correios poderão ser incumbidos de recolher essa parte.


A questão de  ter que pagar os impostos não é errado, já que está na Lei e nas Instruções Normativas da Receita Federal. Importar sem pagar imposto é crime de contrabando e descaminho, inclusive.

Tal comportamento  trás algumas reflexões. É impressionante a capacidade do Governo em tornar eficiente o lado da arrecadação e pagamento de Impostos. Deste lado, acredito eu, o Brasil deva ser um dos países mais avançados do mundo.

Em contrapartida , temos serviços públicos claramente deficientes: Saúde, Segurança, Educação e Transporte Públicos tem como padrão, infelizmente, a ineficiência e a precariedade.

Parece que há dois Brasis: O da arrecadação e o da prestação de serviços públicos.