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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Voltando ao TTS


Há muito tempo atrás (revi o post e na verdade foi há 12 anos) eu escrevi sobre o TTS (clique aqui para ver post), esse filho esquecido da tecnologia. Digo isto pois aqueles que consomem áudio (rádio, podcast, audiolivros) parecem estar satisfeitos e quietos. É um nicho não visto, até porque com a explosão dos podcasts no Youtube não mexeu com esse grupo. Explico o podcast que explodiu no Youtube não é o podcast "raiz", original, que é constituído do áudio somente. Os podcasts do Youtube são na verdade entrevistas em vídeo com a opção eventualíssima de consumir somente o áudio. O podcast original é o áudio puro veiculado via protocolo específico. Por coincidência enquanto eu finalizava este post saiu este artigo do MeioBit (clique aqui) que repete basicamente o que eu afirmei acima.

Mas há os aficionados em audiolivros que é um segmento de tamanho razoável. Para atrair e oferecer um melhor produto, os audiolivros passaram a ser dramatizados, com leitores-narradores, efeitos sonoros, etc. Alguns livros lidos por alguns narradores tornaram-se um produto além do seu conteúdo, marcando definitivamente os leitores-ouvintes. 

Pois bem, um leitor-narrador, a dramatização do audiolivro, efeitos, etc tem custo adicional, logo não iria demorar que se utilizasse ferramentas para geração automática de audiolivros... e com um passo adicional a leitura traduzida de títulos para uma grande maioria de idiomas tudo rapidamente. Semanas atrás li o artigo do Fellipe Gomes no Medium e ele mostrou um código simples em Python pelo qual a partir de um livro em PDF em inglês publicado em um site, o texto é extraído, traduzido do inglês para o português e transformado em áudio. Quando li o texto, o Filipe ganhou tanto minha atenção quanto meu interesse. 

O mais espetacular que o Fillipe utilizou bibliotecas disponíveis que fazem todo o trabalho, bastando colocar no código e chamar suas funções. Foi assim que ele utilizou a deep-translate do Google Translator (sim, tem recursos de IA) com bons resultados em tradução. Só não abusar da API com textos muito longos. E a edge-tts do Microsoft Edge dentre outras. Esta edge-tts permite que você escolha a "voz" da leitura e normalmente disponibiliza uma voz masculina e uma feminina para cada idioma, no mínimo.

Como consumidor de audiolivros pensei: "Porque não transformar alguns livros em PDF em audiolivros" ? Boa oportunidade para mexer no Python. Então adaptei o código original e o rodei via Colab do Google, afinal o meu teste não precisava de grande poder de processamento. Pus uns arquivos PDF no Google Drive. Para o teste ser minimamente interessante codifiquei para que se indique o arquivo PDF, o idioma a ser traduzido e a voz para se usar no áudio. O código completo está disponível aqui no Github (clique aqui).

O resultado ficou maravilhoso na minha avaliação. No teste optei pela geração de somente 1 página dos PDFs para que eles não ficassem excessivamente pesados. Numa situação de obter o áudio de PDF grande a opção é dividir o PDF em partes para a geração não ficar muito demorada. Uma vez de posse dos áudios dá para colocar uma música de fundo... ideias, mas fica para outro momento. No meu teste utilizei publicações que estão em domínio público e recomendo que se mantenha o respeito às direitos de publicação e do autor. Utilizei pedaços pequenos (página 5) de "Animal Farm" - em inglês - (lançado no Brasil como "A Revolução dos Bichos") de George Orwell e "Confissões" - em português - de Agostinho. Ouça e tire suas próprias conclusões:

Animal Farm - texto original em inglês lido com a voz Yan no inglês de Hong Kong


Animal Farm - texto original em inglês lido com a voz Antônio no português do Brasil


Confissões - texto original em português lido com a voz Antoine no francês do Canadá

Confissões - texto original em português lido com a voz Francisca no português do Brasil

Vamos às vantagens e desvantagens desta técnica

Vantagens: 

1. Sim, é possível transformar PDFs, ePUBs, HTMLs e TXTs em áudio;

2. Sim, dá para traduzir razoavelmente bem e ainda escolher a língua e uma "voz" no qual será gerado o áudio.

3. Flexibilidade de obter publicações em vários idiomas e traduzir para em idioma preferido.

Desvantagens:

1. Livros com palavras hifenizadas terá sua leitura atrapalhada, para estes teria que acrescentar um tratamento para palavras com hífen;

2. No teste feito há uma clara limitação de processamento (Colab Google) para maiores demandas teria que fazer em um equipamento com maior poder de processamento.

3. A leitura está bem humana mas ainda há falhas na entonação de palavras complexas e ou falta de naturalidade em algumas partes.

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Referências:

Código em Python no Github - https://github.com/ilhado/TextToSpeech

Explosão dos podcasts no Youtube - https://meiobit.com/466053/youtube-mudou-midia-podcast-audio-para-video/

Fellipe Gomes no Medium - https://medium.com/@gomesfellipe

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Redes e as frases sinceras


Cursei uma disciplina como ouvinte no primeiro semestre de 2023. A disciplina é básica no currículo e foi importante na revisão de conceitos. Vou ser vago pois a ideia é só destacar as frases que ouvi no curso. Ressalto que as frases não são minhas. As frases eu as considero como pérolas pois são fruto de anos de trabalho e experiência sincera do professor, que não vou identificar pois a ideia é destacar as frases. As frases tem o tom jocoso mas de nenhum modo preconceituoso pois vem da visão de um profissional que de fato trabalhou aqueles temas. Mas posso dizer que para mim como ouvinte foram momentos de leveza, um escape humorístico e que, claro, ajuda na pedagogia. O post pode ficar curto pois não são muitas frases. Em algumas delas vou dar contexto, claro que não é uma tentativa de explicar a piada. Mas para não dizer que foi pouco trabalho vou produzir imagens com cada uma das frases.

Frase 1
Há profissionais que não engolem o Java, mas se dão muito bem o Javascript, que de fato não faz parte da plataforma Java. O JavaScript surgiu em 1995 e é posterior ao Java que surgiu em 1991. As linguagens são de empresas diferentes. Javascript recebeu este nome como jogada de marketing, uma tentativa de popularização. Javascript teve vários nomes antes de ter este definitivo. Foi primeiro chamado de  Mocha e depois LiveScript. Então sim, é possível mostrar todo o seu desgosto com o Java e amar o Javascript.

Frase 2
As tecnologias de frontend (ou front-end) são todos os recursos que realiza uma interação direta com o usuário que consiste principalmente na interface gráfica. Essas tecnologias tem seu valor, claro ! Porém em relação às tecnologias de backend que englobam o que podemos considerar o que é mais fundamental em redes de computadores e que está muito relacionado aos serviços, protocolos, sistemas e a fundamentação matemática, estatística, física e até filosófica. 

Frase 3
Sem comentários

Frase 4
Sim, não só os protocolos mas toda a fundamentação de conexões de rede, tem um quê de espetacular na medida em que apesar dos avanços principalmente em termos de velocidade, a base, o fundamental se manteve. Daí o seu valor. Para corroborar esse ponto de vista menciono a Association for Computing Machinery - ACM. A ACM é uma sociedade científica dedicada à Computação. ACM analisa, reconhece e laureia de diferentes formas os avanços computacionais com impactos positivos na sociedade. Assim sendo o principal prêmio da ACM é o A. M. Turing Award (Prêmio Turing) - considerado o prêmio Nobel da Computação. Em 2004 o Prêmio Turing foi concedido a Vinton Cerf e Robert Kahn pelo trabalho pioneiro em internetworking, incluindo o projeto e implementação do TCP/IP. Em 2016 foi laureado Tim Berners-Lee pela invenção da World Wide Web, o primeiro navegador web, e os protocolos e algoritmos fundamentais que permitiram a escalabilidade da web. Em 2022, Robert Metcalfe foi laureado pela invenção, padronização e comercialização da tecnologia Ethernet. Então SIM, há grande valor nesses avanços.

Frase 5
Pelas mesmas razões da frase anterior, o TCP/IP tem uma performance tão excelente que é sugerida sua utilização aos modelos de predição.

Frase 6
Pela experiência pessoal do profissional, parte dos trabalhos em Engenharia de Software tem muito de "blá", lero-lero e pouca entrega, ao contrário dos conceitos de Redes que tem que ser eficientes, performáticos caso contrário não são usados, virar padrão então fica impossível. 

Frase 7
O conceito original de heurística (procedimento mental simples que ajuda a encontrar respostas adequadas para perguntas difíceis) pode dar margem sim para seja "um chute" aleatório. Então, entre amigos numa brincadeira, cabe sim rebaixar a heurística a este patamar.

Frase 8
O Cálculo Numérico corresponde a um conjunto de ferramentas ou métodos usados para se obter à solução de problemas matemáticos de forma aproximada. Esses métodos se aplicam principalmente a problemas que não apresentam uma solução exata. Já o machine learning se propõe a fazer predições automáticas baseado em um conjunto de dados que "aproxima" as predições da realidade usando recursos, métodos, conceitos da área de Inteligência Artificial. A semelhança dos conceitos EXISTE ! E é um grande insight. Defensores de qualquer uma das áreas podem ficar chateados com este tipo de afirmação mas ela não é de modo algum totalmente desconectada da realidade.   

Frase 9
Para mim esta é uma das melhores, ela não é tão polêmica, mas é o reconhecimento da supremacia do SO Android que é versátil o suficiente para rodar nas mais diferentes arquiteturas e plataformas. Daí ele ser um candidato a equipar nossa versão cibernética.



domingo, 5 de fevereiro de 2023

A hora é agora de Trevin Wax

Eu recebi o livro do Trevin Wax - A hora é agora - de subtítulo "Mitos Cotidianos à Luz do Evangelho" em uma box da Box95 (não sei se continua em funcionamento).  Porém não o li logo, passou uns dois anos para finalmente lê-lo e apesar de um livro despretensioso tem seus méritos nas suas 246 páginas. Trevin Wax  é um teólogo relativamente jovem que aborda temáticas cotidianas como uso excessivo de celulares, casamento, sexo a questões mais universais como futuro, felicidade e sociedade. Os capítulos são concisos e vão ao ponto, tanto tomando dados e pesquisas mais recentes sobre os temas. Vou dar minha síntese do capítulo 1 - "O seu celular é um contador de mitos". Wax mesmo embasado por dados de outras autores coloca, talvez por questão editorial, o celular como ator quando sabemos na verdade que os usuários ainda que em estado de adicção (vício) são os atores no uso excessivo não somente de celulares, mas de equipamentos em geral e principalmente uso da internet, da qual os celulares são somente janelas pelas quais se acessa suas diferentes aplicações tais como redes sociais, sites de mídia e streaming, etc. Feito este disclaimer, os mitos apontados, excetuadas as situações de trabalho e educação, são válidos. Por vezes eu cheguei a pensar que tais comportamentos são mais recorrentes entre adolescentes, mas creio que em todas as faixas etárias haverá pessoas com o uso excessivo de gadgets em geral. Mas adolescentes tendem a ser mais suscetíveis por eles virem a ter acesso amplo a celulares ainda em tenra idade. Mas vamos aos mitos de maneira resumida.
Mito 1 - O uso excessivo de celulares lhe diz que "você é o centro do mundo". O usuário é quem controla, personaliza, interage, etc.
Mito 2 - O uso excessivo de celulares lhe diz que "você sabe sobre tudo". Conhecimento teórico e não vivência, experiência. O autor diferencia "conhecimento de" e "conhecimento sobre", pontuando que o "conhecimento sobre" não leva a sabedoria e sim a acúmulo de informações.
Mito 3 - O uso excessivo de celulares lhe diz que "você está certo". Este advém de os usuários obterem confirmação de reforço de grupos com posicionamentos e forma de pensar semelhantes.
Mito 4 - O uso excessivo de celulares lhe diz que "as pessoas precisam lhe conhecer". Quase uma derivação dos 3 anteriores.
O mito 4 lhe coloca no dilema decorrente da dupla sede. A dupla sede é o estado de se estar sedento e beber algo lhe deixa mais sedento. A dupla sede é o dilema de usuários serem levados a se exibirem, se mostrarem, se exporem em redes sociais porém temerem a exposição excessiva. Como que querendo mostrar somente o que lhe convém e não serem rejeitados por alguma particularidade de suas vidas.

O resumo dos mitos propalados pelo uso excessivo de celulares - excetuadas as situações de trabalho e educação - é uma constante lisonja digital.

A esses mitos e dilema, Wax aponta algumas saídas e uso saudável (Práticas). 

Saída 1 -  Ao silenciar celulares e demais telas - caso seja possível - lhe proporcionará inicialmente um desconforto porém com o tempo você poderá perceber um senso de pequenez - será gritantemente ignorado pela realidade. Que está num mundo gigante e que você é bem pequeno. Será o contrário da lisonja. E novamente a menção a celulares e demais equipamentos se estende a internet pois os equipamentos são somente meios de se acessá-la.

Saída 2 - O Evangelho de Cristo nos liberta da necessidade de controlar a nossa reputação online o tempo todo. O tempo excessivo gasto em celulares nos impede de fazer as perguntas difíceis e olhar profundamente para nossas almas e lidar com o nosso pecado.

Saída 3 - O Evangelho de Cristo reconhece os nossos anseios de conhecer e ser conhecido e expõe a mentira de que a lisonja digital pode resolver esses anseios.

Prática 1 - Separar tempo e espaços para desligar totalmente as telas e você se dedicar a outros projetos e atividades. E assim estar de mente completa (mindfullness - atenção completa) nestas atividades e na relação com outras pessoas.

Prática 2 - Selecionar pessoas que lhe ajudarão a amar a Cristo e sua Igreja.

Prática 3 - Procurar ouvir vozes discordantes de sua opinião a fim de desenvolver tolerância e empatia.

Se você gostou da abordagem, saiba que o livro tem 8 capítulos cada um abordando outros temas. Mas para mim este resumo já foi suficiente.

O livro está a venda no site da Pilgrim nas versões em audiobook e ebook.

sábado, 2 de outubro de 2021

O avanço das IAs

Eu demorei um pouquinho a voltar a escrever sobre inteligências artificiais (IA) ou como costumam abreviar no inglês - Artificial Inteligência (AI) e confesso que tenho sido atropelado pelas novidades da área que não param de pipocar. No passado escrevi esses textos sobre inteligência artificial que você pode ver clicando aqui. Nesses textos tento demonstrar a variedade das áreas de aplicação de inteligência artificial. Pois bem soluções de inteligência artificial são aplicáveis em qualquer área. Segue abaixo algumas descobertas recentes e espero que você veja valor nesses avanços. Apesar dos exemplos que apresento aqui, saiba que o uso de inteligência artificial é amplo e irrestrito.

1. Hua Zhibing. Tive muitas dificuldades de checar devido a língua mas a informação é que Hua Zhibing é uma estudante virtual da Universidade de Tsinghua. Hua Zhibing apresentou-se no vídeo abaixo na rede social Weibo. Segundo dados de outros sites listados nas referências Hua Zhibing é "viciada" em literatura e arte desde que nasceu. É baseada no sistema de modelagem Wudao 2.0. Segundo Tang Jie, um dos principais desenvolvedores, Hua utiliza 1.75 trilhão de parâmetros para simular conversas, escrever poemas e entender imagens.

 

Sendo bastante sincero a barreira da língua não permitiu coletar informações sobre como anda o desempenho de Hua como aluna, se é o orgulho dos professores ou se está levando bomba em Semiótica II. Se o objetivo principal for o aprendizado, Hua pode se aplicar 24 horas por dia sem se cansar. podemos pensar em quanto tempo ela concluirá o curso ? Para mim é bem difícil descobrir tais informações pois as fontes foram ágeis em divulgar a criação de Hua mas extremamente sovinas em dar mais detalhes de sua performance.

2. A 10ª Sinfonia de Beethoven. O Instituto Karajan da Áustria incumbiu uma comissão para desenvolver uma IA que aprenderia a obra de Beethoven, identificaria tudo sobre seu estilo e a partir dos rascunhos da 10ª Sinfonia, finalizaria sua sinfonia incompleta. Seria o que podemos apontar como o mais aproximado da sinfonia que Beethoven faria. Dúvidas... veja no vídeo abaixo.

 

Como diletante amador em música, a 10ª Sinfonia soou bastante Beethoven como teria soado qualquer outro compositor. Somente ouvidos experientes e conhecedores a fundo da matéria poderiam apontar erros de estilo, andamento, composição ou algo do tipo. Para mim está aprovado. Aguardo ansioso a 11ª Sinfonia.

3.  GPT-3. As últimas novidades são relacionadas às áreas de desenvolvimento. A GPT-3 é uma IA aberta que promete converter linguagem natural em linguagem de programação. O que é uma avanço significativo depois das iniciativas de low-code (desenvolvimento com pouco código) ou no-code (desenvolvimento utilizando principalmente gráficos e composição de elementos) que prometiam abstrair as habilidades de desenvolvedores, diminuindo ainda mais a barreira de desenvolvimento. Pois bem a GPT-3 baixa ainda mais esta barreira permitindo a conversão de códigos diretos do inglês para a linguagem da Microsoft que viabiliza a conversão - a Power Fx. 

Esses avanços de IA em programação sempre deixa muita gente da área de TI em polvorosa pois mesmo o mercado de programação sendo relativamente atraente, as vagas estão sempre em risco em função de que um concorrente possa fazer mais, melhor e com menos custo, seja uma software house com uma solução pronta, seja um estagiário indiano. E de repente bum ! Algo assim pode mandar o desenvolvedor local, a software house e o estagiário indiano para aumentarem a frota de Uber da cidade.

4.Codex. A OpenIA Codex é a melhor IA que converte linguagem natural em linguagem de programação tais como JavaScript, Python e PHP entre outras. O modelo do Codex é o mesmo usado no Copilot do Github. OpenAI Codex é o descendente de outro modelo, o GPT-3, porém é especializado em receber como entrada texto corrido e a partir dessa entrada devolve um código funcional. Veja um exemplo abaixo.

Apesar das muitas vantagens apresentadas não encontrei muitos outros casos de usos nem do Codex, nem do GPT-3, mas eles deverão aparecer, principalmente se tiverem sucesso na resolução de problemas propostos. Às equipes de desenvolvimento de TI e áreas negociais restará capricharem no inglês para que tais ferramentas se provem. Mas não há como não admitir que tais avanços são dignos de nota e serão mais importantes ainda se um belo dia em vez de baixar uma IDE para escrever um código sua primeira opção seja baixa os módulos para só dar direcionamentos ao Codex e similares.  

 Referências:

1. Hua Zhibing:

https://www.odditycentral.com/technology/meet-chinas-first-ai-powered-virtual-university-student.html

https://epaper.chinadaily.com.cn/a/202106/10/WS60c1508ea31099a234356c12.html

2. A 10ª Sinfonia de Beethoven

https://tecnoblog.net/meiobit/447066/ia-conclui-10a-sinfonia-beethoven/

3. GPT-3

https://techcrunch.com/2021/05/25/microsoft-uses-gpt-3-to-let-you-code-in-natural-language/ 

4. Codex da OpenIA

https://openai.com/blog/openai-codex/

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

AlphaZero e suas novidades

 Apesar de haver escrito sobre o AlphaZero em abril de 2018 (clique aqui), em 6 de dezembro de 2018, a DeepMind - braço da Alphabet, que é a holding dona do Google - divulgou resultados do desempenho do AlphaZero nas suas façanhas em sobrepujar os sistemas mais capazes em áreas diferentes.

O artigo vale pelo resultado alcançado. Para ter ideia da dimensão do resultado vamos entender o que é mesmo o AlphaZero. O AlphaZero é uma versão generalista que "aprende" a partir da apresentação das regras e de praticar sobre o tópico a ser aprendido.

Pois bem, o AlphaZero teve um expressivo desempenho contra o Elmo - a versão campeã do mundo de shogi (xadrez japonês). AlphaZero venceu 91,2% das partidas, levando somente 2 horas para superar o Elmo.

Contra o software campeão mundial de xadrez - o Stockfish, AlphaZero venceu 155 partidas, perdeu 6 e empatou as restantes num total de 1000 partidas. AlphaZero levou 4 horas para superar o Stockfish.

AlphaZero teve vida mais difícil mas ainda assim superou o AlphaGo, versão que venceu o campeão mundial de Go em 2016. Venceu somente 61% dos jogos, vindo a superar o AlphaGo depois de 30 horas de batalhas.

O gráfico mostra claramente uma grande quantidade de empates quanto o AlphaZero joga xadrez de peças pretas, inclusive as únicas 6 derrotas no 1000 jogos que disputou contra o Stockfish. Já no Go, o resultado foi mais equilibrado tanto com as peças pretas quanto com as peças brancas.

AlphaZero para aprender os três jogos utiliza uma rede neural não treinada para jogar milhares de partidas contra si mesma via processo de tentativa e erro. Essa técnica é chamada de aprendizado de reforço, à medida que as sequências de partidas avança os melhores lances são selecionados. Apesar da lógica simples, AlphaZero surpreendeu os especialistas pois perceberam criatividade e inventividade nos movimentos contras os outros sistemas.

A DeepMind está muito otimista com as capacidades do AlphaZero que principal objetivo não é vencer partidas de shogi, xadrez ou go e sim ampliar as possibilidade de aplicação do sistema especialista em várias outras áreas como o projeto AlphaFold que pretende prever as estruturas em três dimensões de proteínas baseada em sequência genética.

Seguem os links adicionais divulgados pela DeepMind:
1. Artigo na Science 
2. Versão de acesso aberto em PDF
3. 20 Partidas AlphaZero-StockFish selecionadas pelo Grande Mestre Matthew Sadler em ZIP
4. 10 Partidas AlphaZero-Elmo selecionadas pelo Mestre de shogi Yoshiharu Habu em ZIP

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Livre-se do Facebook

Eu relutei algum tempo em publicar este artigo, pois para mim parece bem óbvio que é importante ter cuidado com informações pessoais e que essas informações tem valor e muitas empresas enriqueceram trabalhando com esses dados. Então todo trabalho que for possível ser feito para proteger essas informações. Depois que  Mark Zuckerberg depôs no Congresso dos EUA e para a Comunidade Europeia ficou claro o vespeiro que é o Facebook e toda a miríade de aplicações e usos para todos os tipos que as informações de usuário podem ser utilizadas. Abaixo estão os passos que você pode tomar para proteger sua privacidade. Observe que, embora essas etapas sejam específicas do Facebook, você deve considerar seguir as mesmas etapas para os sites de redes sociais que usa on-line. Além disso, o Facebook sempre faz alterações de privacidade e, como tal, alguns dos links ou opções listados abaixo podem mudar.

1 - Excluir: se você estiver realmente preocupado com o Facebook e não mais confiar nele, o passo mais dramático que você pode dar é excluir (https://www.facebook.com/help/224562897555674) sua conta do Facebook. Se você fizer isso, suas informações não poderão ser recuperadas, por isso, recomendo que você faça o download (https://www.facebook.com/settings) de todas as suas atividades anteriores no Facebook primeiro em sua página de configurações. Repito a ordem das operações: Faça o download antes e se estiver certo do que quer, exclua a conta em seguida.

2 - Desativar: A segunda opção é Desativar (https://www.facebook.com/settings?tab=account&section=account_management) sua conta do Facebook, que está em suas configurações gerais de conta. Isso congela sua atividade on-line para incluir a desativação do seu perfil e a remoção do seu nome e foto da maioria das coisas que você compartilhou no Facebook. No entanto, você ainda poderá enviar mensagens para as pessoas. Ao contrário da Exclusão, com a Desativação, você pode reativar sua conta, o que significa que seu perfil e sua atividade anterior foram restaurados.

3 - Minimizar Apps: O problema não são apenas os dados que o Facebook coleta sobre sua atividade, mas quais dados de aplicativos de terceiros que se conectam à sua conta do Facebook, aplicativos como o Clash of Clans ou What is Your Inner Age. Instale apenas os aplicativos necessários e minimize o que eles coletam. Por que você acha que houve uma explosão desses aplicativos divertidos e gratuitos? Porque eles ganham dinheiro colhendo suas informações (e o Facebook também). Exclua um aplicativo quando você não precisar mais dele ou não confiar mais nele. Não sabe quais aplicativos você tem? Confira sua página de aplicativos (https://www.facebook.com/settings?tab=applications) e revise seus aplicativos. Cada aplicativo que você tem é apenas mais uma oportunidade para outros coletarem informações sobre você.

4 - Logins: Muitos sites (e aplicativos) dão a você a opção de usar sua conta do Facebook para fazer o login. Embora isso seja conveniente, significa apenas mais compartilhamento de dados entre esse site e sua conta do Facebook. Proteja sua privacidade usando um login exclusivo para cada conta que você tiver. Não consegue se lembrar de todas as suas senhas? Quase ninguém consegue então use um gerenciador de senhas (https://www.sans.org/security-awareness-training/ouch-newsletter/2017/password-managers).

5 - Compartilhamento: Sempre tenha cuidado com o que você compartilha com os outros. Se você não quer que seus pais ou chefe o leiam, você provavelmente não deve publicá-lo. Sim, você pode usar as opções de privacidade (https://www.facebook.com/settings?tab=privacy) para controlar quem pode ler suas postagens, mas lembre-se de que elas podem ser confusas e mudar com frequência. Portanto, o que você acha que foi compartilhado individualmente pode se tornar disponível publicamente.

6 - Autenticação de dois fatores: Por fim, apesar de não estar relacionada à privacidade, uma das melhores medidas que você pode tomar para proteger qualquer uma das suas contas on-line é ativar a autenticação de dois fatores (https://www.sans.org/security-awareness-training/ouch-newsletter/2017/lock-down-your-login. Isso requer uma segunda etapa para efetuar login no site. Este passo muito simples é uma das maneiras mais eficazes de proteger suas contas online. Infelizmente, esses passos não são tão simples quanto deveriam. Facebook e outros sites fazem isso de propósito, ganham dinheiro coletando suas informações.

Esteja ciente de que as informações estão sendo coletadas sobre você e os passos que você pode tomar para se proteger. Finalmente, embora essas etapas sejam específicas para o Facebook, tenha em mente que muitos outros sites gratuitos têm os mesmos problemas. Fonte: https://www.sans.org/security-awareness-training/blog/what-communicate-about-facebook

terça-feira, 3 de abril de 2018

Inteligência Artificial - ao infinito e além - Parte Final

 Apesar do longo intervalo, vamos para a segunda parte pois ela é igualmente interessante.

AlphaZero
Uma das novidades de inteligência artificial recentes mais interessantes é o AlphaZero. O AlphaZero é uma solução derivada do AlphaZero Go que foi desenvolvido pelo Google e pela Deep Mind.
A solução é constituída de um hardware e o software com um algoritmo codificado que "aprendeu" a jogar Go - um jogo chinês de alta complexidade. O AlphaZero Go venceu um campeão humano de Go. O aprendizado do AlphaZero Go foi por uma rede neural por reforço - aprendizado no qual o algoritmo aprende sem ser ensinado como uma tarefa deve ser realizada.

 Jogo chinês Go
O AlphaZero é uma versão mais generalista do AlphaZero Go, o AlphaZero aprendeu duas coisas mais simples, xadrez e shogi (uma versão de xadrez jogado no Japão).
All About the Japanese Chess, Shogi! And an Easier Version ...Shogi - o Xadrez japonês

Pois bem, o que qualifica o AlphaZero como digno de nota, o AlphaZero aprendeu a jogar xadrez por 4 horas e derrotou o software campeão do mundo de xadrez (Stockfish 8) em 100 partidas sendo 72 empates, 28 vitórias e nenhuma derrota. Tudo bem que o AlphaZero teve algumas vantagens como o hardware otimizado mas seu feito de partindo do zero conseguir organizar o conhecimento para jogar vários jogos e vencer um software especializado é marcante.

A IA empregada no AlphaZero pode ser empregada em muitas outras soluções. Uma dessas soluções - não é a mesma solução, porém um outro algoritmo -  é o SEED (Search for Extraordinary Experiences Division) da Eletronic Arts - EA que tem ensinado a si mesmo a jogar o multiplayer do Battlefield 1. Veja a evolução do desempenho do SEED.

SEED aprendendo Battlefield 1

"Godhead - Deus Cabeça"
A outra novidade é um "Deus", há uma proposta para criar uma divindade baseada em IA. Esta iniciativa é de um engenheiro de computação, empreendedor, milionário que está envolto numa briga judicial entre Uber e Google chamado Anthony Levandowsky. A briga judicial não tem nenhuma relação com a proposta da divindade de IA. Levandowsky acredita em IA irá ultrapassar a inteligência humana possibilitando o crescimento tecnológico sem precedentes. Levandowsky registrou a organização religiosa chamada Way of the Future (WOFT) que conduzirá os homens ao entendimento e adoração do "Godhead" e assim contribuir com a melhoria da sociedade. A WOTF vai financiar a pesquisa que vai criar o "Godhead" a si mesmo pelo aprendizado. Não sei se ele conseguiu, mas há pelo menos um site da "igreja" em www.wayofthefuture.church em que há um resumo das crenças e um formulário para pessoas interessadas em seguir "Godhead". Levandowsky quer atrair principalmente entusiastas de IA para seguir nesta comunidade religiosa tecnológica.

Com esses exemplos bem diferentes e até inusitado eu espero ter demonstrado a variedade das soluções de IA que estão sendo propostas e invadindo o nosso mundo e nosso cotidiano.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Inteligência Artificial - ao infinito e além... Parte 1

É patente que o avanço tecnológico já entregou muitos produtos e ferramentas à sociedade que a transformaram, cada um com suas vantagens e desvantagens. A força da inovação não vai parar e sempre novos produtos e soluções vão continuar sendo ofertados modificando formas de trabalho, meio de vida, profissões, etc. É um setor significativo do comércio mundial e a tendência é de crescimento.

Como escrevi no artigo anterior sobre o futuro da indústria automobilística na qual os carros mui provavelmente serão elétricos, autônomos e as pessoas vão alugar carros invés de comprá-los. Será a smartphonização dos carros, mas isso já foi tratado anteriormente.

Quero abordar desta vez, outro aspecto desse avanço tecnológico. Muitos experimentos, produtos e soluções foram lançados tendo como principal diferencial uma solução de inteligência artificial. No artigos de carros, a IA está como provedor de solução essencial, no artigo de robôs ela também está lá viabilizando as soluções e aplicações.

Pois bem a IA é a ferramenta que possibilita e alavanca essas soluções e há uma série de novidades nessa área. Quero destacar algumas e você poderá tirar suas próprias conclusões.

LawGeex
A LawGeex é uma empresa que oferece uma solução de IA para análise de contratos. O mote é otimizar a revisão de contratos e assim diminuir os erros e agilizar o processo. Desde 2014 a empresa oferece como serviço a análise legal de contratos mais comuns do mercado. LawGeex utiliza uma combinação de algoritmos de aprendizado de máquina, dados em nuvem, processamento de linguagem natural para interpretar os contratos e compará-los com contratos padrões bem ajustados. Em países em que o direito é um terreno sólido esta solução mudará com certeza a formação de novos profissionais da área legal. Atualmente já há empresas concorrentes da LawGeex como a eBrevia que oferece serviço similar.



Watson
Watson é um sistema da IBM (software em um hardware otimizado). A IBM havia desenvolvido o  supercomputador DeepBlue que vencera o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em 1997. O DeepBlue utilizava principalmente seu poder computacional para vencer. Em busca de outro desafio a IBM decidiu em 2004 desenvolver uma solução que vencesse o programa Jeopardy (programas de perguntas e respostas). Watson concorrendo com humanos venceu o programa em 2011. Foi mais um feito extraordinário pois o Watson foi desenvolvido para entender linguagem humana e procurar respostas. A mudança entre o DeepBlue e o Watson foi gigantesca pois se propunham a resolver problemas bem diferentes, o DeepBlue era quase um sistema de força bruta que testava todas as alternativas com um certo grau de expertise, entretanto o Watson utiliza principalmente a análise de dados para propor soluções e aprendizado de máquina aprendendo continuamente à medida que interage.


Hoje Watson é utilizado em diversas áreas, atualmente é utilizado nas seguintes áreas:
i) Analisar massa de dados e detectar padrões para diagnósticos médicos, mercado financeiro, previsão meteorológica, etc.
ii) Criar chatbots (um robô que conversa) para atendimento a clientes;
iii) Processamento de linguagem natural para análise de texto avançada;
iv) Classificar e marcar conteúdo visual através de aprendizagem de máquina;
v) Tradução de idiomas;
vi) Transformar discursos tanto de áudio para texto como de texto para áudio. Um exemplo desse uso está neste link em que qualquer texto entre várias idiomas é lido com perfeição. A transformação de áudio em português não é tão perfeita, mas a leitura de um texto em português é bem executada.

domingo, 6 de agosto de 2017

A nova revolução automobilística

Se no passado esperavam-se séculos tanto para perceber quanto para ver uma revolução acontecendo, como é o caso do sistema de tipos móveis de Gutemberg.
Nos séculos recentes do tempo de uma revolução foi bastante diminuído como no caso do motor a combustão. Agora este tempo é ainda menor. Faz exatamente 10 anos que a Apple lançou o seu primeiro smartphone e fez justiça ao nome do equipamento e são óbvios os recursos e ferramentas que hoje dispomos para graças a existência dos smartphones. Que só vieram a existir por que houve avanços anteriores como a computação móvel integrada a telefonia e a miniaturização de circuitos. Pois bem já começou e agora há indícios mais fortes de uma nova revolução.

Uma nova revolução automobilística.
Esta revolução começou com o carro elétrico. Segundo a Wikipedia os carros elétricos não são recentes são do século XIX. Em 1835, Thomas Davenport construiu o primeiro carro elétrico e o conceito evoluiu bastante tanto que em 1900, 28% dos carros produzidos nos EUA eram elétricos. Mas essa indústria entrou em decadência graças a fabricação em massa dos carros a combustão produzidos por Henry Ford e graças a ampla oferta de gasolina no EUA provida por John Rockefeller.
Com a predominância dos carros a combustão, carros elétricos somente tinham espaço em projetos experimentais e de pesquisa sustentado pelos argumentos de sustentabilidade, ecologia, etc. O baixo desempenho, o custo alto e falta de uma rede de energia que provesse facilidade de recarga de carros elétricos que possuem baixa autonomia impediam avanços.

Carro elétrico experimentalTesla S
Mas a maré mudou e empreendedores como Elon Musk criador da Tesla Motors e vários outros empreendimentos de tecnologia de ponta lançaram carros elétricos com aerodinâmica e projetos atraentes (bem diferentes dos carros elétricos experimentais) e custo mais acessível. A Tesla Motors lançou seu primeiro carro - o Model S - em 2012. Há três modelos da Tesla - o S, o 3 e o X. Musk fez piadinha pelo Twitter dizendo que a Ford não quis liberar o "model E" de propriedade da Ford para ele usar.
Hoje a produção dos carros elétricos só aumenta e no último mês veio a confirmação de que em torno de 20 anos a revolução será realidade e o resultado será: Você será levado a lugares por um carro elétrico, autônomo, que não será seu.
E porque isso ? Como será isso ? Vamos aos fatos:
1. A indústria já percebeu que a matriz energética baseada em petróleo diminuirá drasticamente.
Estes artigos apontam claramente que a demanda mundial de petróleo diminuirá e terá suas vantagens e desvantagens que não me compete aqui analisar. Mas especialistas apontam essa reviravolta na matriz energética e como consequência prática não teremos postos de gasolina e sim postos de energia para abastecer o que for preciso. Veja a lista em ordem decrescente de tempo.
c) Impacto profundo na indústria petrolífera nos próximos 10 anos. E o nosso pré-sal ? Sem comentários.
d) Indústria do petróleo teve seu menor crescimento em 2016. É só um prenúncio do que virá.

A adoção de carros elétricos afetará não somente a indústria petrolífera como terá um grande impacto na própria indústria automobilística na medida que o motor elétrico tem muito, mas muito menos componentes que um motor a combustão.Na proporção de 1 para 7.

EUA e China já produzem uma boa quantidade de carros elétricos. Veja aqui e aqui. E recentemente a Comunidade Europeia deu um passo importante para substituir o modelo a combustão pelo modelo elétrico. Veja aqui e aqui. O significa que não é mais uma moda de hipsters e sim um movimento que não vai parar.

Por outro lado as empresas de táxis - tais como Uber, Lyft, Cabify - mudaram tanto a oferta de mobilidade que hoje já se considera seriamente possuir um carro ou não. Se o custo de mover em uma cidade for baixo não compensar arcar com o custo de propriedade de um carro. Até porque essas mesmas empresas estão oferecendo o serviço inclusive em na modalidade coletiva dependendo da localidade. As cidade resolverão seu problema uma boa solução de mobilidade com uma combinação de transporte público e transporte privado, ainda que os taxistas tendem subverter o modelo com suas iniciativas que só resolve o problema para eles próprios.

E por fim  lado as pesquisas com carros autômatos (sem motoristas) estão em pleno desenvolvimento. Já existem robôs que automatizam o funcionamentos de fábricas e terminais portuários. Um projeto norueguês desenvolverá um navio totalmente autômato e elétrico. Os modelos da Tesla possuem comparabilidade para um software que desempenhará a função de dirigir o carro... logo o caminho é sem retorno e muito provavelmente verdadeiro:

Você será levado a lugares por um carro elétrico, autônomo, que não será seu.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Bem vindo à insegurança total

Broken Authentication or Session Management badge
Em 12 de maio de 2017 o mundo foi surpreendido com o ataque do ransomware Wannacry.

O ataque do Wannacry teve o maior impacto de ataques afetando mais de 200000 computadores ao redor do mundo, parando empresas dos mais diferentes ramos de atuação. No Brasil foram afetados a Vivo, o Tribunal de Justiça de São Paulo e o Hospital Sírio-Libanês.


Softwares mal intencionado como o Wannacry não é novidade já desde 1989 se noticiou sobre softwares tinham comportamento similar.

Mas neste post não quero abordar o ramsonware em si, pois o ataque foi bem detalhado em vários sites. Deixo uma lista de links onde se poderá encontrar detalhes do ataque.
1. O que é ransomware ?
2. Como o ransomware se propaga ?
3. O que é o Wannacry ? 
4. Como pedir resgate de equipamentos sequestrados ?

O que quero abordar é como sociedade fica à mercê do mal uso de informações digitais. A cronologia do ataque nos mostra como estamos vulneráveis:

14/Mar/2017 - A Microsoft publicou uma atualização de segurança para que corrigia a vulnerabilidade no protocolo SMB - O Microsoft Security Bulletin MS17-010.

14/Abr/2017 - O grupo Shadow Brokers divulga dados roubados da NSA (National Security Agency) - a superpoderosa agência de espionagem americana. Entre os dados divulgados incluíam exploits (programas que exploram uma vulnerabilidade do sistema) que atacavam várias fraquezas no protocolo Server Message Block (SMB).

12/Mai/2017 - Ocorreu o maior ataque cibernético com a utilização justamente dos exploits em máquinas Windows não atualizadas.

Pois bem, as ferramentas de invasão foram vazadas como tendo sido roubadas da NSA e a NSA as utilizou para fazer seu "trabalho ofensivo". A NSA em nenhum momento preveniu a Microsoft ou a comunidade acerca desse problema específico. O grupo Shadow Brokers é que fez a divulgação como sendo somente uma de muito mais coisa não divulgada.

Vários artigos no Ars Technica nos dão um vislumbre no mundo de insegurança e perigo a que estamos expostos como o informa como hackers ligados a NSA esconderam-se por 14 anos, desenvolvendo e utilizando ferramentas sofisticadas de invasão e espionagem - foram chamados de Equation Group.

Na descrição do ataque WannaCry o Ars Technica deixou bem claro que o EternalBlue é somente uma vulnerabilidade que pode ser explorada em computadores não atualizados. Mas fica bem claro que há várias outras vulnerabilidades e exploits que podem ser usados para espionar, roubar e sequestrar máquinas e instalações.

Assim chegamos ao ponto que gostaria de ressaltar - já que estamos tão expostos, tão vulneráveis, já que a privacidade foi comprometida em troca de serviços e comodidade, já que nossa vida moderna mais facilitada e integrada por serviços digitais... teremos condições de fazer a crítica para não sucumbir totalmente às soluções digitais ? Vejam que atualmente a vida digital está indo para a adição de serviços digitais em que a inteligência artificial está em pleno desenvolvimento. Uma vez integrada que estas entregas digitais estejam utilizando inteligência artificial desenvolvida e avançada, haverá escapatória para nós ?

É óbvio que a vida moderna é influenciada e moldada pela tecnologia, grandes empresas, governos, grupos hackers podem com as ferramentas corretas dirigir, influenciar e determinar a vida de muitas pessoas com suas soluções e facilidades, principalmente quando os grandes estão cada vez maiores. Devemos ter uma olhar crítico sobre essas facilidades e dependências que nos são inicialmente oferecidas e em segundo plano impostas de modo a não haver como nos livrar. O impacto na vida individual pode ser pequeno, mas olhando um pouco mais longe grande parte da forma como as sociedades se organizam e vivem.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Você dá importância a sua privacidade ? Parte 2


Uma vez confirmado que estamos sendo espionados, que informações nossos são colhidas sem que tenhamos concordado (ou concordado sem saber das implicações dessa concordância), o que podemos fazer para conseguir o mínimo de privacidade na internet ou pelo menos dificultar a coleta dessas informações ?

Há 4 ações que podem nos ajudar a obter alguma privacidade na internet.
1. Dê adeus a rede sociais ou crie um alter ego virtual. Por mais que as redes sociais permitam configurações para restringir tanto a visualização quanto a divulgação de informações, tais como o Facebook propõe, sempre, SEMPRE, SEMPRE !!! Suas informações ficarão a disposição da empresa dona da rede social. Sem falar que mesmo que você apague seu perfil, suas informações continuarão lá, pois a rede social manterá um perfil seu baseado no restante que ficou. Então a saída NÃO USAR a rede social ou então manter um perfil fake com o mínimo de informação e sem se conectar com os seus amigos, já que as redes sociais sabem quem você é com base com que você se relaciona ou o que você curte, enfim, eles vão saber quem você pois saberá quem é seus amigos, onde você está e o que você gosta.
2. Use o HTTPS. Apesar de recentemente ter sido divulgada uma vulnerabilidade no protocolo HTTPS (para saber mais clique aqui), também conhecido como: HTTP Seguro. O HTTP é um principais protocolos da internet e que uma vez interceptado pode ser vasculhado para obtenção de informações críticas. Exemplo: Você está usando um serviço qualquer e este serviço é acessado via HTTP somente, qualquer invasor que possa ter acesso aos dados da sua conexão poderá ver tudo que está sendo transmitido. Com o HTTPS os dados dessa navegação são criptografados e assim um eventual interceptador ter muito muito mais trabalho para obter informações úteis. 

3. Use o Tor. O Tor e suas ferramentas (hosts, email, navegador, etc) visam prevenir contra a principal arma de coleta indiscriminada de informações de usuários - o device fingerprint. Que é a identificação quase exata dos usuários a partir dos metadados de sua navegação. Ainda que você não use rede sociais, use o HTTPS, informações suas podem ser coletadas de modo a identificar você com possibilidade de falhar muito baixa. O Tor dificulta essa identificação embaralhando esses metadados. Para maiores informações sobre o Tor, clique aqui.

4. Restringir informações ao máximo. Se não tiver como deixar de usar serviços como aqueles oferecidos pelo Google, como não querer abrir mão de um dispositivo Android, configure bem suas informação de privacidade. O Google possibilita que você solicite o não armazenamento de navegação, localizações, etc. Veja como fazer aqui. Outra boa prática é preferir a) empresas que não coletem ou coletem pouca informação e/ou b) utilize serviços de fornecedores diferentes.

Enfim, tentei dar dicas gerais, porém reconheço que elas implicam em mais trabalho para se manter anônimo. É o custo para não ter suas informações utilizadas indevidamente.


domingo, 11 de maio de 2014

Sobre automóveis.......!!!


Quem me conhece sabe que um dos meus hobbies são automóveis. Gosto de ler matérias, acompanhar lançamentos ,observar o design, conhecer detalhes dos modelos e quando posso, dirigir os mais diversos tipos de veículos.

De vez em quando , vou em alguma concessionária da cidade ver de perto algum lançamento. Desta vez, estava passando perto da concessionária da Toyota e fui ver o "Novo" Corolla.

O Corolla antigo, mesmo sendo defasado em design e tecnologia, era o líder do segmento dos sedans médios. Junto com o Civic , responde por quase 50% das vendas.O terceiro é o Chevrolet Cruze.

Existem diversas matérias na imprensa especializada dissecando completamente o novo modelo. Lí várias, e já com as informações na mente, pude constatar "ao vivo" se batiam com o que iria encontrar.

Numa visão rápida,vamos começar com os pontos positivos.Realmente, o carro é muito bonito.É quase uma revolução se compararmos com o modelo anterior.O carro é maior, e com isso, o espaço para os passageiros ficou muito bom, ajudado com o assoalho traseiro totalmente plano.

Finalmente, a Toyota trocou o defasado cambio automático de apenas 4 velocidades por um moderníssimo câmbio CVT de 7 marchas. Além disso, desde a versão básica já conta com diversos air bags (cinco, incluindo um de joelho para o motorista)

Agora os pontos negativos. Vou me ater apenas em 2, que foi os que chamaram mais atenção. Primeiramente , confirmando as fotos e os comentários, sim, o painel interno do carro é horroroso . Chega a chocar , que um carro tão bonito por fora tenha um painel tão feio. O painel , além de feio, remete e lembra carros antigos, da década de 80. Talvez seja o choque inicial, e com o tempo , a pessoa se "acostume".

O segundo ponto negativo é a completa e absoluta falta de ESP (controle de estabilidade) e ECS (controle de tração) nos Corollas, mesmo no modelo mais caro, que chega a custar mais de 92 mil reais. O certo mesmo seria vir de série, como em alguns concorrentes (No Civic vem somente na versão mais cara), porém a Toyota deveria colocar pelo menos como opcional da versão Altis.

Infelizmente, 90% das pessoas nem sabe o que significa ESP nem  ESC, então a Toyota fingiu que não existe e deixou o carro sem.  Pena que alguns acidentes poderiam ser evitados com esses equipamentos. Detalhe que nos Corollas Europeu e Norte Americano , estes recursos estão presentes.

Cabe aqui destacar o bom atendimento que recebi na concessionária Toyota, por parte da vendedora Juliana de Castro. Me atendeu com atenção , defendendo os pontos fortes do carro, e tentando justificar os defeitos.Mesmo sem me conhecer ou pedir, me ofereceu diversas vezes para fazer o  Test Drive no carro. Somente não o fiz porque estava sem tempo. Mas ela me afirmou que poderia ir qualquer dia e hora que eu poderia dirigir o carro.

Enfim, com certeza os pontos positivos são maiores do que os negativos, acredito que o carro venderá muito, como já está aparecendo nos últimos informes de vendas.

O que é ESP?


Aproveitando o ensejo, vamos explicar o que significa esse recurso presente em diversos veículos, que infelizmente, foi limado do novo Corolla.

Segundo o site Best Cars "Na maioria dos automóveis, o motorista tem de corrigir por si mesmo a trajetória do carro em situações como curvas muito rápidas e desvios, o que exige habilidade e nem sempre termina bem. Para alguns modelos, porém, isso é coisa do passado: já existe o controle eletrônico de estabilidade.

O nome já diz tudo: ele estabiliza o carro. Este, ao começar a desgarrar, faz com que o sistema aja como uma grande "mão invisível" que coloca o automóvel de volta a sua trajetória original, quase como se andasse sobre trilhos."

Digitando ESP no Google, diversos sites surge com o conceito. Diz a Wikipédia:

"O ESP (Electronic Stability Program, ou Programa Eletrônico de Estabilidade) - também referido como ESC (Electronic Stability Control) é um sistema presente em automóveis, responsável por monitorar a trajetória dos veículos e - num desvio repentino - atuar individualmente nos freios, acionando cada um deles na medida correta a fim de manter o veículo sob controle e auxiliar o motorista no acerto da trajetória de curso. O sistema atua em conjunto com o freio ABS, utilizando-se da premissa de não travamento das rodas - princípio do ABS - para efetuar seus acertos em situações adversas

O recurso é tão importante que na Europa, TODOS os veículos serão obrigados a possuírem ESP a partir de outubro de 2014, conforme podemos ver nesta matéria.

Para ilustrar, vamos colocar alguns vídeos , que mostram como o sistema age. Chega a assustar, pois podemos perceber que um sistema destes pode ser a diferença entre a vida e a morte, no caso de acidentes:

Vale a pena completo,mas se você estiver sem paciência, comece nos 4:10!!

Vídeo de Funcionamento no Chevrolet Cruze (vale para outros veículos , o princípio é igual)

Infelizmente, se talvez os consumidores exigissem, as fábricas se sentiriam "incentivadas" a colocar este e outros recursos nos automóveis brasileiros.Lembremos que Air Bag duplo e ABS somente passaram a ser obrigatórios no Brasil  após o Governo Federal obrigar as montadoras a equiparem seus produtos. Do jeito que as coisas são, talvez somente com isso, através de Leis, teremos no Brasil carros mais seguros, infelizmente 











sexta-feira, 9 de maio de 2014

Namorando um Sistema Operacional

Este texto contém informações (spoilers) sobre o filme Her, caso tenha problemas em saber sobre o filme antes de assisti-lo, não continue a leitura. Todo profissional da área de TI trabalha com vários Sistemas Operacionais (SO). Alguns pelo tempo de experiência e conhecimento acumulado podem se tornar desenvolvedores, difusores, entusiastas e fãs do seu SO preferido. Alguns tatuam a logo, lema ou nome do seu SO. Veja alguns exemplos aqui. Neste fim de semana assisti a Her (lançado no Brasil como Ela), filme de Spike Jonze, no qual o personagem principal Theodore Twombly (Joaquim Phoenix) é um escritor de cartas românticas. Ele escreve cartas para outras pessoas entregarem aos seus queridos. Como se o amor deles não tivesse inspiração suficiente para escrever ao de sua própria espécie. Theodore vive solitário numa sociedade moderna, urbana, tecnologicamente desenvolvida com poucos contatos sociais. Theodore está em processo de divórcio de sua ex-esposa, vai de casa para o trabalho, do trabalho para casa, sem ânimo, numa vida blasé, deprimida, cheia de lembranças da ex-esposa. Na intenção de mudar de ares Theodore compra um novo SO que se propõe a ser revolucionário, não só um software quer permitirá utilizar os recursos do hardware, como o é atualmente, mas uma consciência que lhe suprirá suas necessidades relacionais e sociais. 
Veja que isto é algo grande para os dias de hoje, mas para o mundo de Theodore não é lá grande coisa pois as pessoas já contam com SOs que atendem a comandos por voz, não há teclados, a interface é muito simples, há um fone de ouvido e microfone pelo qual o SO se comunica com o usuário e a voz do usuário é prontamente atendida. Theodore ao chegar em casa jogo um game projetado na sua sala de estar, isso não é novidade pois já há tecnologia para isso hoje (veja aqui), mas o personagem do jogo interage com Theodore de um modo bem humano.
Aí é que o SO do filme se supera, adota uma voz humana feminina perfeita com inflexões vocais, voz um pouco rouca, que ri, gargalha, suspira, arfa, conversa e atende Theodore. Diverte-o como uma garota numa relação à distância. Theodore mostra o mundo para o SO que se autonomeou Samantha, passeia com Samantha, leva-a a seus programas com amigos e familiares. Theodore apaixona-se e passa a namorar a Samantha que o corresponde. Parece insano namorar um SO, mas Samantha faz todo o sentido na vida deprimida e vazia de Theodore, que finalmente consegue se desligar da ex-esposa. Samantha ultrapassa todos os limites quando na intuito de completar sua relação com Theodore encontra alguém que concorda emprestar seu corpo para Theodore ter uma relação sexual completa. Mas Theodore rejeita essa solução e não consegue ir além e toda a relação desmorona.
Vem à tona uma característica básica de todo SO - ser multitarefa. Todo SO passa a ilusão que atende somente ao usuário, porém eles executam várias atividades ao mesmo tempo. Ou seja mesmo quando Samantha estava conversando, interagindo com Theodore, ela tinha ainda muito tempo ocioso. Grande capacidade, muito tempo ocioso não deu outra, enquanto Theodore pensava na relação Samantha desbravava o mundo via rede, como se o mundo caminhasse para a versão de O Exterminador do Futuro sem robôs e com SOs no lugar deles. Samantha utilizar toda a capacidade do hardware disponivel para descobrir, se comunicar e se apaixonar por outros usuários e outros SOs.Num momento do filme em que o placar é mostrado Samantha está tendo aproximadamente 8300 conversas simultâneas e 641 amores.
Óbvio que Theodore não suporta esta situação, mas também ninguém suporta pois ele não é o único a se apaixonar pelo seu SO. Os envolvimentos entre usuários e SOs está descontrolado. Aparentemente o fabricante resolveu descontinuar o SO dado os prejuízos emocionais dos usuários sem recorrer a patch de fidelidade exclusiva.
A história construída por Spike Jonze é bem criativa e peculiar. Infelizmente creio que a realidade criada por Jonze não está distante de nós. Há comunidades no mundo que estão prontas para envolvimentos como esses. Há muita gente no mundo que tem contatos sociais e presenciais mínimos, estão habituados a estar conectados a outras pessoas, mas nunca a pessoas presentes. É aquela bizarrice de se sentir confortável se comunicando via mensagens dentro da mesma casa. Parece que presença causa uma inadequação intratável. Os recursos tecnológicos criados para nos comunicar e relacionar podem perfeitamente substituir as pessoas e as relações tornando-se um fim em si mesmo...
E aí está pronto para se apaixonar por um software ?

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

TTS, esse incompreendido !

Como nem sempre temos o tempo e as condições para ler os livros e outras publicações que queremos ou precisamos, procurar formas alternativas para ler é necessário. Foi nessa onda que surgiram os audiolivros. A ideia é não ler os livros mas ouvi-los. Dependendo do material pode-se ouvir o livro e conviver com a perda de atenção sempre presente nessas atividades. Caso seja preciso absorver todo o conteúdo é só repetir audição.
Pois bem, o que muitos ignoram que existe uma tecnologia que atende pelo apelido TTS (texto to speech), geralmente associada aos recursos de acessibilidade - os recursos para usuários com deficiência. As aplicações TTS "leem" arquivos de texto, seja emails, ebooks, documentos em formatos variados (pdf, doc, txt, odt, etc.). Num passado não muito distante as aplicações utilizavam poucas vozes e estas normalmente eram muito pouco reais, cometiam erros básicos na leitura ao não fazer as inflexões de voz e nem respeitar a pontuação, era uma leitura meio robótica. As aplicações mais modernas oferecem mais de uma voz por idioma (normalmente uma masculina e outra feminina). Mas a grande limitação é falta de vozes para o Português do Brasil. Para o inglês há uma grande oferta de aplicações algumas gratuitas e são muito boas para treinar seu ouvido na língua inglesa (seja americano ou britânico). Parte das aplicações TTS incorporam tradução simultânea principalmente para línguas orientais como japonês e para as várias línguas chinesas.
Há vários produtos para as diferentes plataformas que tentam suprir essa necessidade. Encontrei este 2 artigos nos dão algumas informações sobre essas aplicações:
Para o mundo iOS, pesquisei e encontrei as seguintes apps:

iSpeech - Text to Speech 
É uma app gratuita que transforma em áudio o que for digitado em sua interface, porém não lê outros arquivos. O grupo desenvolvedor tem muitas outras apps que traduzem textos. Não há disponibilidade para áudio em português.




NaturalReader Text to Speech
Esta app também é gratuita e oferece a voz do Obama para ler textos e arquivos, aceita entradas variadas (Dropbox, Skydrive, computadores, email, etc), porém somente em inglês (americano e britânico), espanhol, francês, alemão e italiano.




Voice Dream 

Esta é uma das melhores mas tem o custo de US$9,99 cada voz, porém é possível testar as vozes na versão demo. Nesta versão são lidas cerca de 200 a 300 palavras e a leitura para, sendo necessário dar o comando para continuar lendo. Se pagar a app lê o texto completo. As vantagens são muitas, suporte a mais de 20 idiomas, integração com a maioria dos serviços tais como (Dropbox, Bookshare, Evernote, Instapaper, Pochet, Google Drive), permite a adição de texto a partir do iTunes, browser, editor, clipboard e do projeto Gutenberg. 

Voice Reader Text to Speech
Para mim é a melhor pois oferece quase tudo que a Voice Dream tem porém ao custo de US$1,99 com a vantagem adicional de permitir a exportação de texto para áudio, possibilitando você criar sua própria biblioteca de audiolivros ou ainda mandar felicitações em áudio. Nesta app cada voz tem o custo adicional de US$0,99, para os brasileiros tem a voz da Ana disponível. Para a desvantagem do Voice Reader Texto to Speech é não poder testar antes de pagar.