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sábado, 28 de janeiro de 2012

Alma sobrevivente

Eu já tinha lido a muito tempo atrás um livro do Philip Yancey (Decepcionado com Deus) e não há dúvida acerca do grande talento como escritor que ele tem e mais como observador cristão para perceber o que está além do aparente. Pois bem neste livro Yancey apresenta 13 pessoas que o ajudaram a melhorar como cristão. Estas 13 personalidades de diferentes países, credos, tempos e atuações mostraram facetas comuns e marcantes de modo que o livro vale a pena ser lido.
As personalidades são: Martin Luther King Jr, Ghandi, Tolstoi, Dostoievski, Henri Nouwen, Chesterton, John Donne, Shusaku Endo, Paul Brand, Annie Dillard, C. Everett Koop e Frederick Buechner. Alguns conhecidos outros nem tanto, mas cada um fez ou deixou um legado que marcou Yancey, mostrando-lhe que a Igreja erra ao seguir cegamente a algumas regras. E quão eivada de erros está a Igreja quando prefere seguir cegamente a regras e não a essência do Cristianismo (que é amar como Cristo amou). Seja a igreja do passado, seja a Igreja que Yancey frequentou, sejam as Igrejas locais (próximas a cada um de nós), sempre há falhas, afinal é uma instituição humana. Estas personalidades mesmo com erros pessoais mostraram para Yancey que o amor de Jesus vai além da nossa mente pequena.
Yancey destaca que eles fizeram coisas extraordinárias, sem porém poupar os defeitos de cada um. Martin Luther King reconhecido mundialmente pela luta contra a desigualdade racial nos EUA, teve alguns casos extraconjugais. Para muitos cristãos o escorregão moral invalida e desqualifica o movimento firme contra o estorvo da desigualdade, vencendo depois de muita luta, sangue e mortes. Sendo perseguido implacavelmente, ficando em risco junto com sua família, mas não recuando e nunca revidando.
Gandhi, segundo o livro, foi outro gigante que mesmo hindu, importou os conceitos de não violência do Cristianismo e mesmo não sendo cristão substituia contingentes armados para pacificar regiões da Índia em guerra civil pela independência.
Cada um dos outros são abordados no serviço em favor dos outros como o Dr. Paul Brand, médico das comunidades leprosas da Índia, que poderia ter a riqueza e reconhecimento em qualquer grande capital do mundo, porém optou por ficar com os leprosos da Índia, pessoas que sofriam um preconceito extremo por parte de seus conterrâneos, mas encontraram naquele médico alguém que cuidou deles, que simplesmente os tocou, algo surreal para aquela comunidade.
Cada um desses personagens contribui de maneira determinante para a confirmação de que o Cristianismo é muito mais do que as regras e tradições de nossas comunidades, regras por vezes nada bíblicas e cheias de preconceito e legalismo. Deus porém "amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna" (Jo. 3:16).

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O óbvio que ignoramos

 Conclui recentemente a leitura do livro "O óbvio que ignoramos" de Jacob Pétry. Comprei ele meio que despretenciosamente na Livraria Saraiva do Iguatemy Shopping em Fortaleza em um arroubo de leitor que fui. Porém agora lido, achei as proposições de Pétry relativamente pertinentes.
Ele elenca fatos da vida de personalidades e os dispõe a demonstrar que certas atitudes foram determinantes para o posterior sucesso delas. Uma coisa bem interessante é que escolhe Gisele Bündchen como um das principais exemplos para corroborar seus pontos de vista. Eu achei meio estranho, não que ela não seja um bom exemplo de sucesso, mas ao ler os agradecimentos entendi, é porque ele é amigo do pai dela e pode acompanhar mais de perto tudo que estava envolvido na história dela. Mas sem negar em nada o sucesso dela, eu creio parte da argumentação de Pétry é fraca quando ele usa principalmente entrevistas e matérias de revistas de moda para confirmar muitos dos pontos de vista. Melhor argumento seriam os fatos que cercam a vida dela, mas para conseguir isso a fundo teria que estar muito próximo dela. Fora isso são bem contudentes os relatos sobre a vida de Sylvester Stallone, Albert Einstein, Elizabeth Gilbert, entre outros.
Posso destacar como principal ainda as leis que ele aborda no livro como a lei da Tripla Convergência, Lei da primeira milha e a Lição de Delfos.
A lei da Tripla Convergência nos diz que há um ponto ótimo em que se encontram aquilo que eu melhor sei fazer (talento), aquilo pelo que sou apaixonado ou gosto de fazer (paixão) e como tornar a minha paixão em algo rentável (renda). Quando descubro esse ponto de convergência e ultrapasso a primeira milha que é tradução de todas as dificuldades internas e externas que enfrento, todo o gasto de energia para praticar bastante a atividade que sou apaixonado (Pétry demonstra através de pesquisas e dados que somente depois de 10 anos de atividade deliberada é que se produz as melhores obras) e ainda assim não desisto (provavelmente porque tenho talento e paixão pelo que faço) inevitavelmente terei sucesso na minha área. Bastante razoável não ?
A Lição de Delfos que é "conhece-te a ti mesmo e conquistarás o universo" me diz em como dominar as dificuldade e ressaltar as vantagens de modo a vencer a primeira milha e os tais anos de silêncio de prática deliberada para atingir o ápice da carreira.
O livro é bem instrutivo ao apresentar diversos experimentos psicológicos bem interessantes. Coisas corriqueiras que realmente não notamos pois são óbvias demais para notarmos.
Eu o recomendo.