Medindo as liberdades

Recentemente passei a buscar leituras sobre liberdade, coletivismo, intervencionismo e individualidades e nesse sentido descobri que há uma série de instituições que mensuram a liberdade na sociedade e no mundo e para tal criaram índices em que esse conceito abstrato mas com repercussões práticas é medido. Como meu interesse é bem inicial, não sei até onde tais índices refletem a realidade de modo fidedigno. Porém para um contato inicial e apresentação e entendimento passo a relatar os principais índices.

• 1. Índice de liberdade no Mundo - Este índice classifica os países em: "livres", "parcialmente livres", ou "não livres". A classificação é baseada nos direitos políticos e liberdades civis derivados em grande parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este índice é publicado desde 1972 pela Freedom House. Visite o site e veja o mapa interativo sobre liberdade.
• 2. Índice de Liberdade de Imprensa - Neste índice os países são avaliados como tendo uma "boa situação", uma "situação satisfatória", "problemas notáveis", uma "situação difícil", ou uma "situação muito séria".  É publicado desde 2002 pela organização francesa Repórteres sem Fronteiras. O site dos Repórteres também tem um mapa interativo sobre liberdade de imprensa.
  
• 3. Índice de Liberdade Econômica - Neste índice os países são avaliados como "livres", "majoritariamente livres", "moderadamente livres" e "repressivos". O índice é publicado pelo The Wall Street Journal e pela Heritage Foundation com sede nos EUA. Este índice também dispõe de um mapa interativo.
• 4. Índice de Democracia - Neste índice os países são classificados em "Democracias Plenas", "Democracias Falhas", "Regimes Híbridos", ou "Regimes Autoritários". O índice é publicado em um relatório publicado pela Economist Intelligence Unit. A classificação do índice baseia-se em: liberdades civis, conduta de eleições, liberdade de mídia, participação, opinião pública, governo funcional, corrupção e estabilidade. O site da Economist Intelligence Unit não disponibiliza um mapa porém o relatório de 2021 está disponível para ser requerido neste link.
  

Como está o Brasil ?

O Brasil nos quatro índices acima tem muito muito muito o que melhorar. Alguns índice o Brasil está bem abaixo dos demais países.

1. Índice de liberdade no Mundo - Neste índice o Brasil pontuou 73 de 100 pontos no índice de liberdade global. Este índice em que o Brasil está com melhor pontuação, apesar de não haver uma classificação crescente do ranking a fim de fazer comparações.

2. Índice de liberdade de imprensa - Neste índice o Brasil marcou  55.36 ficando na posição 110 no mundo. Os Repórteres sem Fronteiras em seu relatório apontam a agressividade do atual presidente e de seus seguidores contra profissionais de imprensa, deixando o score muito ruim. Entretanto o relatório não ressalta o interesse do governo pela manutenção da liberdade de expressão nem o interesse de setores da oposição em regulação das mídias.

3. Índice de liberdade econômica - Neste índice, o Brasil  também vai mal. O país somente 53.3 ficando na posição 133 no mundo. O Brasil fica com essa pontuação caracterizado como um país Majoritariamente Não Livre (Mostly Unfree). O mapa interativo da Heritage Foundation é bem versátil e possibilita a extração de dados como o gráfico abaixo em que são comparados com os principais países da América Latina.

4. Índice de democracia - No relatório de 2021 o Brasil marcou  6.86 de pontuação geral, ficando na posição 47 de 160 países no mundo, ficando atrás de Uruguai (13º) e Costa Rica (20º) mas a frente dos demais países da América Latina.

Os banhos da região Icatu-Morros

Banhos na região do Munim

Nos municípios de Icatu, Morros, Axixá e Presidente Juscelino há áreas de banho bem frequentadas e que são locais que os maranhenses buscam principalmente por ser relativamente próximo a capital, por ser uma opção diferente de praias e dos lençóis maranhenses, pelo acesso relativamente fácil e dado o custo local não ser tão proibitivo.

Esses municípios estão na bacia hidrográfica do rio Munim são banhados pelo rio ou pelos seus afluentes e sub-afluentes. A região é bem quente e as águas desses rios são águas límpidas e frias. A atração desses municípios está toda em função dos rios e por isso se organizaram uma série de locais de banhos, pousadas, restaurantes e bares, passeios de canoa e de pequenos barcos e assim poder atrair e receber melhor os turistas. A grande maioria desses estabelecimentos são simples com uma estrutura perto da precariedade, principalmente da parte de banheiros. São assim por serem empreendimentos novos e/ou com pouco acesso a crédito e condições de aprimorarem. Isto dificulta os estabelecimentos a se tornarem opções de entretenimento de porte. Boa parte deles são de moradores da região que tem terrenos que margeiam os rios e não tendo outra opção de trabalho vão montando suas estruturas e passam a vender o acesso, comidas e bebidas. Invariavelmente os visitantes levam a própria comida e bebida e pagam somente o acesso. A oferta de estadia é limitada aos empreendimentos mais tradicionais e que se organizaram a mais tempo.

Por isso o atendimento tem muito mais da hospitalidade e da boa vontade do povo da região, já outros requisitos como apresentação, treinamento e recursos são limitados. Mas isto está mudando já que vários desses locais já tem cobertura de internet e é possível fazer pagamentos via Pix.

Óbvio que se pode encontrar opções mais completas e de certa qualidade, porém claro, há um custo maior para essas opções. Opções a serem avaliadas: Pousada Pedra Caída, Pousada Una dos Moraes, Pousada do Peixinho, Chalé Canto Verde entre outros.

Aqui tem alguns vídeos de cobertura sobre a região. Inicialmente no município de Icatu:

Passeio pelo Igarapé do Contrato em Morros-MA

Algumas fotos da região.

Morros-MA

Morros-MA

Cachoeira do Boqueirão

Cachoeira do Arruda

Região da Cachoeira do Arruda

Como afastar turistas

Entretanto não posso deixar de mencionar a taxa absurda que a Prefeitura de Morros passou a cobrar dos visitantes. Fui a Icatu em 2021 e a Morros no ano de 2022. Somente em 2022 (ano eleitoral) a prefeitura resolveu evocar uma lei municipal (que não sei se é legal - cabe análise) e fazer cobrança de uma taxa de conservação absurda de R$20 por veículo que se dirige às áreas de banho. Ao meu ver a execução da cobrança é no mínimo amadora e dá margem para todo tipo de desvios, falta de transparência e por mais justificada que seja a conservação do meio ambiente parece ser só mais um meio de achacar e afastar os visitantes (eu mesmo evitarei o município de Morros). Veja o do adesivo que é fixado nos veículos pagantes e tire suas conclusões. Detalhe os pagamentos são feitos exclusivamente em dinheiro e sem recibo (claro).