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quarta-feira, 26 de junho de 2019

O poder do hábito

O livro de Charles Duhigg - "O poder do hábito - Porque fazemos o que fazemos na vida e nos negócios", publicado pela editora Objetiva, foi publicado em 2012. Charles Duhigg é um escritor premiado americano. Ganhador do prêmio Pulitzer em 2013 por uma série de 10 artigos nas práticas de negócio da Apple. Duhigg publicou ainda outro livro - "Mais Rápido e Melhor: Os segredos da produtividade na vida e nos negócios".

Como o livro foi publicado em 2012 e é sem dúvida um ótimo livro. Duhigg é muito criterioso e há muita documentação fundamentando tudo que é afirmado. O livro tem 81 páginas só com as notas de referências sobre o que é dito no texto. Assim sendo há várias resenhas sobre o livro. As resenhas ressaltam ideias fundamentais do livro - o loop do hábito e os hábitos angulares ou hábitos mestres. Aqui neste vídeo tem, ao meu ver, o melhor resumo do livro.


Para eu não repetir o que já foi dito vou abordar outros aspectos do livro que não vi nos resumos.
1. O livro tem 9 capítulos. Nos três primeiros capítulos, é abordado os hábitos dos indivíduos. Nos 4 capítulos seguintes é abordado os hábitos das organizações. E nos 2 capítulos finais são abordados os hábitos das sociedades.

2. Não encontrei detalhamento da parte dos hábitos das organizações então vale destacar os "cases" de organizações. Vale mencionar os hábitos dos AA com seus 12 passos que mesmo sendo contestado - seja pelo teísmo congênito seja por ter admitir questões incômodas como a impotência diante do vício seja por ter admitir falhas - os 12 passos são muito eficientes na medida em que dá um roteiro simples e viável e outro ponto é a força advinda do grupo. A história dos AA é apresentada e do meu ponto de vista é impossível que o fundador do movimento, Bill Wilson (um adicto) tenha simplesmente criado o método do nada, sem bagagem acadêmica, nem suporte de instituições nos idos de 1930. Para mim ele foi iluminado, pois para desespero de humanistas o método é eficiente para milhões de pessoas ao redor do mundo tanto que o modelo foi replicado para outras adicções (narcóticos, sexo, etc).

3. Outras instituições (Rhode Island Hospital e Metrô de Londres) são abordadas destacando situações de crise. As situações de crise se tornam oportunidades para melhorar e definir um código comportamental que estabelece uma relação saudável entre os colaboradores dessas instituições.  

4. Outro ponto importante é que em vários dos cenários apresentados a temática da força do hábito é totalmente alienígena, não há consciência do poder do hábito, não há direcionamento baseado nos estudos que fundamentam o tema do livro, o mérito de Duhigg foi juntar os eventos e verificar que a dinâmica do hábito estava lá. Mas os personagens destacados no livro não sabiam... nem Claude Hopkins do caso da Pepsodent, nem Bill Wilson dos AA, nem Paul O'Neill na Alcoa, nem Howard Schultz da Starbucks, nem Desmond Fennel, investigador especial do incêndio da estação King Cross do Metrô de Londres, nem Andrew Pole da Target, Steve Bartels da Arista Records, nem Rick Warren da Saddleback Church nem Rosa Parks da comunidade negra de Montgomery, Alabama quando em 1º dezembro de 1955 foi presa e uma escalada de eventos levou a um boicote de mais de 1 ano aos ônibus públicos da cidade mas eles conseguiram e Duhigg conseguiu ver o padrão.