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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Formula 1 2021 - São Paulo - SP

Apesar de ter ido a São Paulo diversas vezes a passeio, confesso que a viagem de 2021 tinha um significado diferente, pois seria a primeira para fora do Maranhão desde que a Pandemia de Covid-19 se iniciou. Quem ficou realmente em quarentena  sabe que foram momentos muito difíceis e que poder novamente planejar e fazer uma viagem é algo que devemos agradecer.

Pois bem,  feita  a decisão de realizar a viagem, o primeiro passo é comprar os ingressos,pois havia o risco de acabar, já que havia uma previsão de limitação em 50% da lotação máxima do circuito (a limitação tempos depois caiu) . Desta vez, os ingressos seriam digitais, podendo ser impressos em casa. Da minha parte, achei essa sistemática muito melhor do que você ter que esperar chegar pelo correio ou ter que ir buscar em algum lugar em São Paulo. Já passei por estas duas experiências, e com certeza, o ingresso digital é muito melhor.

Ao realizar a compra do ingresso, há as opções de lugares, cada um com o seu preço conforme a localização no circuito. Por duas vezes fiquei no Setor F (Hoje é chamado de setor R), que é logo após a curva do “S do Senna”, porém das últimas vezes acabei optando por ficar no Setor A.

O Setor R é mais caro, você tem um conforto um pouco maior, pois a arquibancada é coberta, porém a visão da pista é mais limitada. O Setor A, apesar de ser mais barato, possibilita uma visão da pista muito melhor, conseguindo acompanhar o início da reta principal, final da reta oposta e uma parte do miolo do circuito, além de poder ver a entrada dos boxes e um pedaço do pódio. Na parte que não  temos a visão , há telões (nesse ano colocaram maiores), assim você não perde nada.

´Ônibus que nos levou até o setor A

Apesar de não ser coberta, a arquibancada possui sombra proveniente de várias árvores ali existentes, então dependendo do horário que você chega, dá sim para se proteger do sol. Acredito que somando-se o custo com a visão privilegiada, o custo benefício do setor A é imbatível.

Esse ano havia também o diferencial de no sábado ocorrer a Sprint Race, modalidade de classificação criada para decidir o grid de largada da corrida de domingo. A Sprint Race é uma corrida menor (A de Interlagos tinha 24 voltas), com distribuição de pontos para os três primeiros colocados. Então,  ingresso deste ano dava direito a duas corridas!

O que chamou atenção na corrida de sábado, além do show de ultrapassagens de Lewis Hamilton, foi a brusca mudança de temperatura em pouco mais de duas horas. De um sol escaldante para um vento extremamente frio, sendo que quem tinha vestiu rapidamente seus agasalhos!


No tocante à chegada ao autódromo, há diversos meios, mas o mais eficiente sem dúvida é o transporte público (seja ônibus expresso e mais ainda, o metrô). No passado , já fui de táxi até Interlagos, entretanto além de ser caro, é sujeito aos engarrafamentos ao chegar no autódromo.

Esse ano a organização resolveu não disponibilizar os ônibus expressos. Esse tipo de transporte saia de lugares pré determinados da cidade e ia diretamente, sem paradas, até o autódromo, deixando exatamente nos portões de acordo com o seu ingresso. Esse é o meio mais tranquilo e cômodo de ir, e infelizmente esse ano não existiu.

Então fomos de metrô . Eu acho o metrô de São Paulo extremamente eficiente e seguro, o único problema é que para quem não está acostumado, é um pouquinho complicado de entender as conexões e sentidos, mas nada que alguns dias de prática não resolva. Existe uma estação chamada autódromo, a qual é a que usamos para descer e ir para Interlagos. 

Acontece que o setor mais próximo da estação é o G (uns quinhentos metros). Quem fica no Setor A, tem que caminhar uns três quilômetros até o portão ,sendo que uma das ruas é uma pequena subida. Neste momento é a hora de mostrar o preparo físico!

Para ajudar nessa questão, no domingo do dia da corrida, colocaram uma linha de ônibus especial, que tinha como ponto de partida a frente da estação de trem Interlagos, e no seu percurso passaria por todos os portões de entrada de todos os setores de ingressos do circuito. Não sei se o público da corrida sabia dessa opção, pois quando entramos no ônibus, o mesmo encontrava-se praticamente vazio. Com isso chegamos rapidamente na entrada do portão A.

Parte da visão do Setor A

Esse ano, por conta da Pandemia de Covid-19, foi exigido a comprovação de vacinação . Só que diferentemente dos demais eventos, a comprovação era feita por meio de um aplicativo, onde você anteriormente tinha que se cadastrar e enviar dados da vacinação (data, número do lote, fabricante, etc), para posteriormente atualizar esse aplicativo com seus dados e usá-lo como passaporte para adentrar o circuito.

Dentro do circuito, esse ano havia mais opções de comida nas barracas para venda.A organização veta grande parte dos alimentos que você tenta levar, já ocorreu de ter que jogar fora frutas que tinha levado, mas curiosamente, nesse ano que não levei nada, a revista pessoal nem questionou nada a respeito.

Ainda sobre alimentação, agora em 2021 havia para venda churrasco (só a carne), cachorro quente, hambúrguer e pipoca. Para beber havia água (em uma caixa de papelão parecendo aquelas de suco), refrigerantes e cerveja Heineken (patrocinadora da corrida). Os preços são salgados, mas por uma tarde dá para sobreviver. Os banheiros são limpos e organizados , porém acredito que poderiam haver mais, pois em alguns momentos formavam-se filas.

Existia também algumas barracas de venda de lembranças , camisas e bonés oficiais da Formula 1 e suas equipes. Acredito que os produtos estejam cotados em Libras e convertidos para o Real, pois um boné oficial da Equipe Mercedes custava R$900 , uma camisa da Equipe Ferrari custava R$1.200. Camisas comemorativas de Ayrton Senna custavam  R$350. 

Uma das barracas de venda de artigos oficiais 

Sobre a corrida, a mesma  foi fantástica. Acho que  das que lá estive somente não foi melhor do que a de 2008 (Aquela que Felipe Massa perdeu o título na última curva da última volta), mas com certeza, esse Grande Prêmio do Brasil de 2021 (Esse ano passou-se a chamar Grande Prêmio de São Paulo) foi o mais organizado dos que eu pude estar presente.

Percebi também uma grande presença de jovens e adolescentes de ambos os sexos. Não sei se é efeito da série da Netflix “Drive to Survive”, mas com certeza, o público do circuito ficou mais heterogêneo. 

Parte de trás da Arquibancada do Setor A

No mais, foi uma experiência fantástica. Quem gosta de automobilismo , aconselho fortemente a ir pelo menos uma vez acompanhar a Formula 1 de perto. Escutar o barulho dos motores e sentir o cheiro da gasolina sendo queimada é algo que só mesmo estando lá para vivenciar.

Além disso, indo assistir a corrida , temos a oportunidade de ir a São Paulo, cidade que ao mesmo tempo que assusta, encanta pelo seu gigantismo, contradições essas que me fizeram cultivar admiração por aquela cidade. Qualquer dia eu faço um post só sobre São Paulo, que curiosamente é a cidade fora do Maranhão que eu mais visitei!

Então, é isso, abaixo vocês podem ver mais algumas fotos que tirei durante o final de semana da corrida.

Escultura presente no Setor A

Visão do Setor A

Público invadindo a pista após o término da corrida




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Senna, o filme

Assisti ao filme documentário sobre Ayrton Senna, cujo título é "Senna" (http://www.paramountpictures.com.br/senna/). Este meu relato é de um fã de Ayrton que assistiu ao filme mas que não teve acesso a maiores informações sobre o filme em si. No final há links com relatos mais técnicos.
Creio que é muito difícil fazer um filme ruim sobre a trajetória de Ayrton Senna. Não tinha como ser um filme ruim ! A mim me impressionou de como a vida de Senna era tão superlativa no que ele fazia e ao mesmo tempo sobressai a pessoa simples que ele era que não temos como imaginar o tamanho que foi a perda daquele que é o maior automobilista brasileiro.
O filme aborda os 10 anos de carreira na Fórmula 1. A rivalidade com Alain Prost. Os três campeonatos. A vertiginosa carreira que se transbordava em técnica, perícia e uma constrangedora competitividade ávida por correr, superar e vencer.
Há cenas no filme que mostram o quão difícil era dirigir um Fórmula 1 em altas velocidades sem a parafernália eletrônica que deu estabilidade aos carros a partir de 1994, e com a qual Ayrton nunca venceu.
Há os relatos de pessoas com quem ele trabalhou e conviveu, familiares, amigos, etc. E não sei se houve algum direcionamento para que Deus fosse tema recorrente no filme. Há uma clara ênfase de Deus na vida do Ayrton. É até um contraponto em relação aos outros pilotos. E não são pessoas falando de Deus, é o Ayrton falando que Deus o dirigia. Para mim isso é mais impressionante pois qualquer um com talento enorme como o dele tenderia a deixar Deus de lado ou simplesmente suprimi-lo num meio de extrema excelência. Porém Ayrton não fez isso, antes pelo contrário o reafirmou mais ainda Deus na sua vida.
Mas não há como evitar o fim trágico do filme. É dolorido e emocionante os relatos de sua última vitória e os planos que ele tinha para o futuro. As histórias completas de alguns GPs. Ayrton humano, parando para ajudar outro piloto que havia se acidentado, etc.

Ayrton foi muito rápido, meteórico. Não deixou herdeiros e morreu na flor da idade, aos 34 anos.
É um filme que emociona.

Outros links:
http://www.corridadeformula1.com/senna-o-filme-faz-jus-a-grandeza-de-ayrton-senna/
http://revistaalfa.abril.com.br/estilo-de-vida/motor-esporte/senna-o-filme/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ayrton_Senna
Trailer: