domingo, 6 de novembro de 2011

Orlando - Parte 3 - Os parques

Um dos principais atrativos de Orlando são os parques. E cada um é mais espetacular que o outro. Nesta viagem nosso grupo visitou 5 parques. SeaWorld, Magic Kingdom, Universal Studios, Epcot e Island of Adventure. Estando na cidade é simples chegar aos parques, pois há sinalização indicando as direções e com um mapa simples é possível entender como chegar lá. Mas um GPS também vem muito a calhar.

Ingressos. As entradas para os parques são vendidas nos próprios parques, revendedores e pela internet (no site do parques e em revendedores). O nosso grupo comprou pela internet todos os ingressos que tinha interesse e estando na cidade retirou os ingressos na loja do revendedor. Foi tudo tranquilo, levamos somente identificação e recibo de compra. Porém não fizemos comparação de preços. Os ingressos foram adquiridos no The Official Ticket Center .

O que comer. Todos os parques tentam oferecer tudo o que os visitantes precisam. Então em cada um há vários restaurantes, lanchonetes, pontos de venda de algumas opções de alimentação. Porém achei limitada a quantidade de opções, não se é política dos parques, oferecendo que seria mais comum do gosto da maioria, mas depois de provar os hamburgues, sorvetes, refrigerantes, fritas, etc. Você vai ficando sem opções, então apesar da proibição de levar comida, providencie algo para variar. Todos os parques oferecem água em bebedouros, porém água quente, se quiser água fria os parques vendem (na minha opinião caro) garrafinhas (US$ 2,50), ventiladores (US$ 5,00 a US$ 7,00), umidificadores (US$ 10,00 a US$ 15,00) para quem quer se refrescar.

Acesso rápido. Todos os parques oferecem opções de entrar nos brinquedos mais rapidamente. Então fique atento pois pode perder muito tempo na fila dos brinquedos. Nos meses de férias a espera chega a ser superior a 1 hora, então tem ficar esperto e planejar. Os parques da Disney e SeaWorld oferece uma opção de limitada "furar a fila", já nos parques da Universal é essa possibilidade existe, porém é paga e cara.

SeaWorld. Mesmo não sendo tão grande como os outros não foi possível ver tudo no SeaWorld. O SeaWorld é o único parque que tem projetos de pesquisa na área ecológica, exibe, treina os animais (ganha dinheiro com isso) porém incentiva a preservação e a consciência ecológica. Há muitas variedades de animais. Consegui ver as arraias, golfinhos, morsas e orcas, porém há focas, leões marinhos, pinguins e tartarugas que não consegui ver. Recomendo o seguinte:
1. Manta. É uma montanha russa gigante. A volta dura uns 5 minutos. Você vai sentado porém suas pernas ficam pendentes, pois o trilho fica em cima. Logo cedo já enfrentamos fila e perto de subir a excitação era grande. Próximo da plataforma não dá para mais para desistir e é encarar o medo. Já no primeiro loop a gritaria é grande. Ao finalizar somos surpreendidos com fotos em momentos críticos da volta que todo mundo termina comprando, mas vá vacinado pois se for comprar todas as fotos das caretas que você fizer vai voltar quebrado. Recomendo muito a Manta, porém não é para estômagos fracos.
2. Journey to Atlantis. É uma montanha russa temática. Um carrinho para 8 pessoas, 4 fileiras de duas pessoas, que percorre uma trilha subterrânea e externa, com partes molhadas e decoração vibrante. As pessoas que ficam do lado de fora podem pagar US$ 1,00 e molhar os viajantes através de um jato fica na área externa. Há as sempre presentes fotos no final para você levar de lembrança. Se não teve coragem de encarar a Manta esta é uma boa opção, mas se a fila for grande, evite.
3. Shamu Stadium. Depois que a orca Tillikum matou uma treinadora em fevereiro de 2010, os treinadores não entram mais na água, mas ainda assim é um estáculo impressionante e divertido. Pois os orcas fazem acrobacias bem complexas e sempre molham as pessoas que ficam até a metade do ginásio, que não é pequeno. O SeaWorld incrementa o show com elementos multimídia para reforçar seus princípios de conservação ambiental, porém as orcas é marcam indelevelmente os visitantes. Aqueles monstros de toneladas saindo completamente da piscina em um salto é sempre marcante e assustador. Não deixe de assistir.

4. Dolphin Stadium. Neste ginásio, menor que o Shamu Stadium, é onde ocorre o Blue Horizons Show, o melhor do SeaWorld. No show além das acrobacias de vários tipos de golfinhos com música, enredo, elenco bem produzido e muitos outros animais. No show participam condores, araras e outros pássaros. Neste link do youtube você poderá ver diferentes vídeo do show Blue Horizons.Abaixo um deles. Creio que este espetáculo é o melhor do SeaWorld.

Nos próximos post eu abordarei outros parques.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Nova York, capital mundial - Final

Fiz este post faz bastante tempo e nunca o publiquei, porém resolvi finalizá-lo. Ele aborda os lugares que valeram a pena a visita.

Aeroporto JFK - O aeroporto de JFK é maior que muito bairro pelo Brasil. Tem 9 terminais, cada terminal tem de 10 a 44 acessos aos aviões que decolam do JFK. Um aeroporto do porte do JFK tudo é muito grande, então o estacionamento é muito grande e a estrutura de acesso igualmente. O JFK tem uma linha de metrô exclusiva que circula entre os terminais - o AirTrain que você utiliza para chegar e sair do aeroporto e que se conecta a rede metrô de Nova York. Também tem o Air Shuttle que é um serviço de van pelo qual também se pode ir e vir do JFK.

Times Square - Creio que é ponto mais conhecido de Nova York. É lá que todo fim de ano pessoas do mundo todo de juntam para ver a maça descer na contagem regressiva. Lá é que estão os famosos painéis e letreiros. É um lugar muito batido porém não sai de moda, em parte porque os painéis realmente impressionam. Há um que brinca com as pessoas que ficam na praça olhando-os. Aparece uma garota que "interage" com as pessoas através de computação gráfica. Há sempre filas no Times Square porque lá são vendidos os ingressos para os shows da Broadway. Na Times Square há lojas da Hershey's, M & M, Toys R Us, Foot Locker, Sketchers, Forever 21, PopTart Store, American Eagle, Disney Store, The MTV Store, Modell's, Sephora, ESPN Zone, etc. além ser próximo outras atrações como o Museu de Cera de Madame Tussauds, restaurantes como o Planet Hollywood, HardRock Café e MacDonalds. Há alguns sites específicos da Times Square como o do Times Square Art Center, o site official Times Square NYC (neste é possível ver o calendário de eventos), no Times Square 360 você tem uma visão geral da Times Square (pena que não muda). E como a Times Square tem muitas câmeras, você pode ver algumas via EarthCam.
Painel da Nasdaq na Times Square

Lobby do Museu de Cera de Madame Tussauds
T-Rex dentro da loja da Toys R Us da Times Square

5th Avenue. É a avenida onde há muitas lojas, principalmente as marcas mais caras e exclusivas. Lá você encontrará lojas da Louis Vuitton, Gucci, Prada, Giorgio Armani, Versace, Cartier, Bottega Veneta, etc. Mas eu entrei em duas lojas. Uma foi a loja da Apple. Neste link você pode fazer um tour virtual pela loja. A outra loja foi a loja da Lindt !!! Irresistível. E houve dois lugares que queria muito entrar a Catedral de St. Patrick e a outra era a Fifth Avenue Presbyterian Chuch, ambas estavam fechadas, ao contrário das igrejas brasileiras que tem seu principal serviço à noite, nestas igrejas o principal culto é no domingo pela manhã. Na hora em que passei lá a entrada estava tomada de homeless.
Frente de vidro da loja da Apple da Quinta Avenida

Bowling Green. Nesta praça de um lado fica o American Indian Museum do outro fica Charging Bull, o touro de bronze que representa a prosperidade e o otimismo financeiro. É um touro disputadíssimo. É quase impossível tirar uma foto com ele sozinho, há turistas por todos os lados alisando o touro, inclusive os testículos !
American Indian Museum ao fundo

Charging Bull, atual manso e domado.

Empire State Building. É uma das atrações imperdíveis da 5th Avenue. O prédio em si é bem antigo, mas é totalmente voltado a exploração da visitação dos turistas. É um prédio comercial, mas todo o percurso dos turistas não interfere nas empresas que funcionam no prédio. E a vistá é ótima, dá para ver bem Manhattan e além dos rios - Hudson e East River- que a cercam e as suas pontes. Neste link há uma foto panorâmica a partir do Empire State (clique para aumentar). Um dica é não aceitar o serviço mais caro, custava mais ou menos US$ 45,00. Os vendedores mentem ao dizer que se vai esperar mais de uma hora para chegar ao topo. Não é verdade, não é tão rápido, porém por mais ou menos US$ 12,00, e uns 20 minutos se chega ao topo, ou seja vale a pena esperar.

Central Park. É uma extensa área verde de aproximadamente 3,6 km² e cuidadosamente preparada para o lazer e a prática de esportes. Há muitos jardins e lagos. As pessoas vão para ler, passear, acampar, dormir, até casar !!! Também no Central Park há um shopping e um zoológio. O parque tem um site oficial.
Um dos vários lagos do Central Park

Um casamento no Central Park

Museu de História Natural. Disputa a preferência da população com o Metropolitan Museum of Art, como não deu para visitar o outro vou defender o American Museum of Natural History. O acervo é vasto e a entrada é você que diz quanto vai pagar, pois o preço normalmente cobrado é um preço sugerido, de modo que se você tiver cara de pau suficiente pode entrar até com um centavo de dólar que não paga nem o custo de impressão do ingresso. Por favor se for lá faça isso.
Panorâmica da entrada do AMNH
Cartão de visitas no hall de entrada do AMNH

Aquário de Nova York. Outro ponto interessante para visitar é o Aquário de Nova York. O Aquário fica em Coney Island e é possível pegar um metrô em Manhattan e chegar lá uns 45 minutos depois. No Aquário pode se ver muitas espécies de peixes, além de tartarugas, arraias, tubarões, morsas, pinguins, etc. Coney Island Beach é uma atração a parte, com uma bela e extensa área para prática de atividades ao ar livre.
As morsas e suas tratadoras

Calçadão de Coney Island Beach

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Senna, o filme

Assisti ao filme documentário sobre Ayrton Senna, cujo título é "Senna" (http://www.paramountpictures.com.br/senna/). Este meu relato é de um fã de Ayrton que assistiu ao filme mas que não teve acesso a maiores informações sobre o filme em si. No final há links com relatos mais técnicos.
Creio que é muito difícil fazer um filme ruim sobre a trajetória de Ayrton Senna. Não tinha como ser um filme ruim ! A mim me impressionou de como a vida de Senna era tão superlativa no que ele fazia e ao mesmo tempo sobressai a pessoa simples que ele era que não temos como imaginar o tamanho que foi a perda daquele que é o maior automobilista brasileiro.
O filme aborda os 10 anos de carreira na Fórmula 1. A rivalidade com Alain Prost. Os três campeonatos. A vertiginosa carreira que se transbordava em técnica, perícia e uma constrangedora competitividade ávida por correr, superar e vencer.
Há cenas no filme que mostram o quão difícil era dirigir um Fórmula 1 em altas velocidades sem a parafernália eletrônica que deu estabilidade aos carros a partir de 1994, e com a qual Ayrton nunca venceu.
Há os relatos de pessoas com quem ele trabalhou e conviveu, familiares, amigos, etc. E não sei se houve algum direcionamento para que Deus fosse tema recorrente no filme. Há uma clara ênfase de Deus na vida do Ayrton. É até um contraponto em relação aos outros pilotos. E não são pessoas falando de Deus, é o Ayrton falando que Deus o dirigia. Para mim isso é mais impressionante pois qualquer um com talento enorme como o dele tenderia a deixar Deus de lado ou simplesmente suprimi-lo num meio de extrema excelência. Porém Ayrton não fez isso, antes pelo contrário o reafirmou mais ainda Deus na sua vida.
Mas não há como evitar o fim trágico do filme. É dolorido e emocionante os relatos de sua última vitória e os planos que ele tinha para o futuro. As histórias completas de alguns GPs. Ayrton humano, parando para ajudar outro piloto que havia se acidentado, etc.

Ayrton foi muito rápido, meteórico. Não deixou herdeiros e morreu na flor da idade, aos 34 anos.
É um filme que emociona.

Outros links:
http://www.corridadeformula1.com/senna-o-filme-faz-jus-a-grandeza-de-ayrton-senna/
http://revistaalfa.abril.com.br/estilo-de-vida/motor-esporte/senna-o-filme/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ayrton_Senna
Trailer:

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Orlando - Parte 2 - Um lugar para ficar

Depois de chegarmos 3 dias depois do previsto ao Aeroporto de Orlando que é muito grande, muito espaçoso, bem longe da realidade do Aeroporto apertado como os do Brasil. Pegamos uma Van Ford E-350 de 14 lugares, câmbio automático com GPS. Muito boa de dirigir apesar de grande. O GPS nos deixou preguiçosos em conhecer o mapa da cidade e criticar as sugestões do mesmo, mas enfim depois de cadastrados todos os pontos para onde queríamos ir nossos caminhos ficaram mais retos. Eis aí o brinquedo.


O primeiro desafio foi encontrar o hotel. Foi um pouco difícil devido a dubiedade do endereço e do mal manejo inicial do GPS. Chegamos ao EconoLodge Inn em Kissimmee. Os hoteis do tipo "Inn" em geral tem uma estrutura bem similar. É um quarto grande com duas camas, mesa, cadeiras, um armário para roupas, banheiro e computador com acesso a internet. Em todos os quartos tem um condicionador de ar grande ao lado da porta, na parte de baixo. É um trambolhão que faz muito barulho. E todos os quartos são acarpetados. O problema do EconoLodge Inn de Kissimmee é que os quartos são muito sujos e a limpeza não é bem feita. Encontramos sujeira detrás dos móveis e debaixo das camas. Andar descalço ou de meia pelo quarto depois de pouco tempo deixava tudo sujo. Fora o odor forte de mofo. O único mérito do hotel era o café da manhã que existia. Nos hotéis dos EUA é raro haver café da manhã. Neste havia, simples, sem requintes, mas existia. Íamos ficar lá até o fim da viagem, mas dormimos duas noites e fizemos o checkout pois estávamos adoecendo. Saímos no domingo e fomos a Primeira Igreja Batista Brasileira de Orlando, fomos no intuito em participar do culto e pedir indicação de algum hotel razoável. Lá encontramos uma pessoa que nos ajudou muito, uma pessoa que se dispos a conversar e gastar o tempo com o grupo de visitantes. Noutro post eu falo da Igreja em si, mas o irmão Antônio Cardoso foi essa pessoa. Ele não só conversou com a gente como também resolveu várias coisas para gente ligando, colocando endereços no GPS, até que ele viu que éramos 10 e sugeriu para alugarmos uma casa em vez de ficar num quarto de hotel. Foi aí que a viagem ficou realmente espetacular. Com uma ligação do irmão Antônio Cardoso conseguimos uma casa de 5 quartos toda climatizada, piscina e com tudo que é necessário para ficarmos na casa, por uma preço melhor do que o que pagamos no EconoLogde Inn Kissimmee. A casa tinha todos os eletrodomésticos para preparar refeições, além de lavadora, secadora, TV, aspirador de pó, etc. Tinha toalhas, talheres, pratos, mobília, etc. Ideal para ficar. Descobri depois que o irmão Antônio Cardoso tem um site de aluguel de casa em Orlando é o www.casasnaflorida.com. Se você estiver indo para Orlando, considere a possibilidade de ficar numa casa. Abaixo as fotos da casa.


Frente da casa

domingo, 7 de agosto de 2011

Orlando - Parte 1 - A saga para chegar

Dia 12 de Julho, sai de minha casa com minha família para tentar chegar em Orlando no mesmo dia. Tudo bem que no Brasil, as empresas aéreas não são um exemplo muito bom de como tratar o cliente. Até porque a rígida legislação atual é fruto de muito descaso e abuso contra o cliente. E quem no Brasil, dentre os que custumam usar serviços de empresas aéreas não foi prejudicado por algum atraso, e em outros casos com cancelamento de vôo ? Eu via essas coisas pelos jornais televisivos e sentia muita pena do pessoal amontoado nos aeroportos. E ainda me disciplinava para não tentar viajar nos meses de férias, que é quando esses eventos são mais comuns. Pelo menos o suficiente para sair nos jornais e TVs.
Pois bem, não satisfeito com minha auto-recomendação, lá fui eu para Brasília, de madrugada esperar o vôo para Miami e de lá para Orlando. E não é que o vôo foi cancelado ! Pense numa agonia ! Ter sofrido todo o frio do mundo naquele aeroporto, depois esperar 5, 6 e 7 horas pelo vôo e nada ? Ainda bem que os meus amigos que foram comigo não ficaram estupefatos como eu e correram rapidamente para os 2 guichês da American Airlines (AA) para tentar ir para São Paulo e então ir para Miami. 2 guichês para 200 passageiros. A quantidade de guichês não aumentou, pelo contrário, diminuiu, poia a AA divide com a TAP os guichês.
Lá pelas 16:00 conseguimos almoçar e lá pelas 20:00 tivemos o veredicto da nossa situação. Só no dia 14 partiríamos de Brasília para Miami. Não havia outras opções. O jeito foi correr para remarcar aluguel de carro e hotel e aceitar a estadia em Brasília por conta da AA. Afinal os funcionários da TriStar que prestam serviços para a AA não eram culpados do vôo ser cancelado, nem de a empresa não nos colocar na 1ª classe para chegamos antes. Espero que cada dos passageiros processe a AA.
Felizmente a AA nos mandou para o excelente TRIP Brasil 21 (TB21). Jantamos uma ótima comida no restaurante do hotel e dormimos muito bem nos seus ótimos apartamentos. No dia seguinte não nos restou nada a fazer senão pernar na capital federal. Fomos então ao Park Shopping. Muito bonito, grande. Creio que é o melhor shopping de Brasília, desde que sua intenção seja passear, claro ! Havia uma exposição sobre dinossauros e outra sobre o Titanic.
Exposição sobre dinossauros no ParkShopping Brasília

Mas enfim tinha que deixar Brasília, apesar de o TB21 tentar me seduzir. E fomos para Miami. O vôo saiu atrasado... chegamos atrasados... corre corre para chegar na alfândega (o aeroporto de Miami é gigantesco, para chegar na alfândega tem que se pegar um trem que circula pelo aeroporto, como em NY)... pega bagagem e corre para a conexão... Você já notou que quando você vai fazer conexão no Brasil, numa mesma companhia aérea, que seu vôo atrasa, normalmente a companhia "segura" a conexão para você não perdê-la ? A AA não faz isso. Logo perdemos nossa conexão para Orlando e lá se vão mais horas em filas para determinar nosso destino. Não havia mais vôos no dia 14 tivemos que nos contentar com um vôo às 6:00 do dia seguinte (horário de Miami - menos 1 hora em relação a Brasília) para Orlando. A AA nos deu vouchers de U$ 12,00 por pessoa para jantar no Airport Regence Hotel. No Brasil nos esbaldamos no buffet do TB21, lá tínhamos nos contentar com U$ 12,00 por pessoa. E o Regence Hotel não chegava aos pés do TB21. Deve ser por isso que eles não se dão nenhum trabalho para segurar a conexão de passageiros por lá.
Então finalmente no dia 15 de Julho, três dias depois de ter saído de casa finalmente chegamos a Orlando.
Resumo da história: Eu recomendo o TB21 ! Mas se puder evitar a AA, evite.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O óbvio que ignoramos

 Conclui recentemente a leitura do livro "O óbvio que ignoramos" de Jacob Pétry. Comprei ele meio que despretenciosamente na Livraria Saraiva do Iguatemy Shopping em Fortaleza em um arroubo de leitor que fui. Porém agora lido, achei as proposições de Pétry relativamente pertinentes.
Ele elenca fatos da vida de personalidades e os dispõe a demonstrar que certas atitudes foram determinantes para o posterior sucesso delas. Uma coisa bem interessante é que escolhe Gisele Bündchen como um das principais exemplos para corroborar seus pontos de vista. Eu achei meio estranho, não que ela não seja um bom exemplo de sucesso, mas ao ler os agradecimentos entendi, é porque ele é amigo do pai dela e pode acompanhar mais de perto tudo que estava envolvido na história dela. Mas sem negar em nada o sucesso dela, eu creio parte da argumentação de Pétry é fraca quando ele usa principalmente entrevistas e matérias de revistas de moda para confirmar muitos dos pontos de vista. Melhor argumento seriam os fatos que cercam a vida dela, mas para conseguir isso a fundo teria que estar muito próximo dela. Fora isso são bem contudentes os relatos sobre a vida de Sylvester Stallone, Albert Einstein, Elizabeth Gilbert, entre outros.
Posso destacar como principal ainda as leis que ele aborda no livro como a lei da Tripla Convergência, Lei da primeira milha e a Lição de Delfos.
A lei da Tripla Convergência nos diz que há um ponto ótimo em que se encontram aquilo que eu melhor sei fazer (talento), aquilo pelo que sou apaixonado ou gosto de fazer (paixão) e como tornar a minha paixão em algo rentável (renda). Quando descubro esse ponto de convergência e ultrapasso a primeira milha que é tradução de todas as dificuldades internas e externas que enfrento, todo o gasto de energia para praticar bastante a atividade que sou apaixonado (Pétry demonstra através de pesquisas e dados que somente depois de 10 anos de atividade deliberada é que se produz as melhores obras) e ainda assim não desisto (provavelmente porque tenho talento e paixão pelo que faço) inevitavelmente terei sucesso na minha área. Bastante razoável não ?
A Lição de Delfos que é "conhece-te a ti mesmo e conquistarás o universo" me diz em como dominar as dificuldade e ressaltar as vantagens de modo a vencer a primeira milha e os tais anos de silêncio de prática deliberada para atingir o ápice da carreira.
O livro é bem instrutivo ao apresentar diversos experimentos psicológicos bem interessantes. Coisas corriqueiras que realmente não notamos pois são óbvias demais para notarmos.
Eu o recomendo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

O apanhador no campo de centeio

Terminei de ler ontem o "O apanhador no campo de centeio" de J. D. Salinger, cujo o nome completo é Jerome David Salinger - escritores americanos adoram abreviar os primeiros nomes. Pesquise T. S. Elliot, por exemplo.
Eu tinha ouvido falar tempos atrás... bastante tempo mesmo mas nunca tinha me interessado. Então comprei-o despretensiosamente e o li por completo.
À primeira vista é uma história sem graça de um fim de semana de um adolescente mimado e sem direção. Holden Caulfield está sendo expulso do seu terceiro colégio e durante o fim de semana ele conta sua visão de mundo. Repete copiosamente as palavras "troço", "não sei", "deprimido pra burro", "sacana", "droga" e "infernal".
 Ele não consegue se encaixar no ambiente colegial e justifica sua falta de traquejo com razões fracas que vão desde hipocrisia dos diretores até a pouca receptividade dos colegas.
Holden Caulfield é afinal alguém solitário que a medida que se aproxima o momento de encarar os pais tenta tomar as atitudes mais drásticas (fugir por exemplo) e na verdade se deprime mais e fica mais só. Nem encontrando pessoas com quem ele se sente bem sua situação melhora. Ele até se entrega verdadeiramente no que acredita, porém fundamento é fraco pois ele vê engano, farsa, erro em todas as outras pessoas, mas nunca em si mesmo. É protótipo do adolescente que quer romper com a cultura em que vive, porém não encontra respostas para si próprio.
Analisando o livro em si, é até chato pelo vazio existencial em o garoto vive, porém se analisarmos quando ele foi publicado (1951), e que na época não havia nada que representasse a alienação juvenil nem literatura para os jovens, nesse sentido o livro é genial. Enfoca bem as angústias de Holden, sua falta de rumo fala fundo na vida dos adolescentes, não só americanos, mas do mundo inteiro.