Nas nossas andanças pelo tabuleiro mundial encaramos vários desafios. E nas bem-aventuranças temos nossas toneladas de incertezas: Conquistar o objetivo, ir em busca de um extermínio ou manter-se vivo.
Hoje falo do Extermínio, esta ‘moeda de dois gumes’.
Começo pelo prodigioso momento de esplendor angelical a que é acometido aquele nobre guerreiro que se impõe sobre o inimigo, aniquilando-o sem piedade. Alegria, alegria, principalmente quando vem acompanhada da conquista de algumas cartas que não serão divididas com mais ninguém – afinal, o nobre guerreiro tem direito à sua recompensa. Imposição que amedronta os inimigos outros, que passam a observá-lo com mais respeito.
Alegria que, às vezes, é um mero consolo por estar longe de casa, distante do objetivo final. Mas que o deixa com a sensação de dever cumprido, pois entrará para os anais da História aquele dia em que se expurgou o adversário do campo de batalha.
Vivas e glórias!
Rãrã! Hum... Bem, a vida não feita só de sonhos.
‘A outra face da faca’. A derrota. A batalha arruinada. A guerra perdida. A derrocada final. A queda insuperável. Fatídico instante de dor, engolir em seco e suor frio. Sentimento de vergonha diante dos oponentes enfileirados. Sair de seu distante lar para o vil campo de batalha e viver o desmoronamento de um Império ou reino que seja. Ser esmagado, aniquilado, varrido do mapa. E este breve lapso ficará eternizado na memória do ser banido e será gravado e computado em livros oficiais:
Exterminado por:
Em:
Apenas um instante antes dos breves comentários cínicos de consolo. Momentos que andam lado a lado. A esperança ou a desconfiança que sempre nos ronda. Incerteza, essa é certa. Quando menos se espera, ocorre uma reviravolta viral, espectral, que nos põe diante de um ou de outro: Exterminar ou ser exterminado. Todos nós já estivemos dos dois lados. Alguns na mesma guerra. O acúmulo de um ou de outro poderá nos caracterizar como bons ou maus guerreiros.
De qual lado estás?!
Continua...
Seria muito bom estar sempre do lado exterminador, mas por vezes não é possível fazer frente a forças tão superiores que aos poucos vão minando até a mais resistente moral ou força psicolõgica e termina-se por ser exterminado. Na verdade não dá para escolher, somos joguetes nas mãos das variáveis do jogo.
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