quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Exterminados

Momento marcante numa partida é aquele que determina o fim para uma nação. Ser devassado, exterminado, expulso do tabuleiro global. Como se comportar nesse instante? Este tema foi citado em outra postagem, mas merece campo privilegiado numa futura. O enfoque momentâneo são os instantes que precedem o fim melancólico.
Como se comportar diante do que estar por vir, que com certeza, irremediavelmente, virá?
Você sente, coração palpita, a mão treme, a cabeça tonta diante da perplexidade: E agora?!
‘A festa acabou, a luz apagou...’ mas não, o povo não sumiu. Eles espreitam, esperando a hora exata para o bote final. Aí jaz! Lobos e leões.
São cinco rodadas, ou menos, de pura agonia. Cambaleando para qualquer lado, esperando o Juízo e a definição do algoz.
Alguns são resignados e aceitam com pouquíssimos lamentos. Outros viram kamikazes e atacam ao léu, tentando de forma desesperada salvar-se. Às vezes o que querem é apenas uma morte rápida. Outros usam outra técnica parecida, o homem-bomba, definido aqui, por mim, como ataques desferidos contra um único povo: às vezes contra um mais fraco, na tentativa moribunda de conseguir um extermínio, às vezes contra um mais forte, sacanagem mesmo, na intenção de ver o circo pegar fogo.
Há os que se amedrontam e amontoam, juntando tropas e unindo-as num único território a fim de deixá-lo forte e tentar evitar, ou mesmo dificultar, a derrocada.
Ainda temos as situações ridículas em que nada podemos fazer a não ser esperar...
Mas o final, invariavelmente é o extermínio.
Todos estamos sujeitos ao extermínio. Tem quem ri, tem quem chora. E tem quem não lamente e sai feliz ao descobrir que seu extermínio, na verdade, não o foi. Pois era apenas o doce e inocente objetivo das tropas adversárias. Ufa! Alívio! Esse não conta!

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