sábado, 11 de setembro de 2010

Jesus, o maior psicólogo que já existiu - Mark Baker

Li este livro na semana passada (apesar de ele ter sido lançado em 2005) e achei alguns aspectos interessantes. Inicialmente, gostaria de ressaltar que sou leigo acerca de Psicologia, ao ponto de só agora entender melhor (talvez não o suficiente) como se dá o processo de psicoterapia.
Para mim foi proveitoso saber que a confrontação direcionada que os psicólogos tentam levar seus pacientes em relação aos seus conflitos, em geral, os conduz a melhor compreensão de si e de seus problemas. Isto é algo bastante óbvio, mas como eu não sabia fiquei com a mesma impressão de quando fiz academia pela primeira vez - durante a primeira semana achava que tudo mundo devia fazer academia, pois era muito bom para o corpo. Hoje eu não suporto academia, mas continuo achando que o exercício regular é essencial para uma vida saudável. Então como conseqüência, fazer psicoterapia também devia ser uma prática regular para todas as pessoas. Eu desencanei da academia, mas daí iniciar a psicoterapia, parece algo distante, apesar de minha conclusão de primeira semana.
Voltando ao livro, Sr. Baker, utiliza uma técnica infalível, conta histórias de seus pacientes, tanto de sucessos quanto de meio-fracassos (o fracasso nunca é completo, pois o paciente pode ter encontrado um psicólogo melhor que Sr. Baker). Os sucessos ocorrem quando a psicoterapia funciona e o paciente inicia um processo de melhoria de vida, que não é algo definitivo. Os meio-fracassos ocorrem quando os pacientes interrompem a psicoterapia e o autor não sabe o que ocorre com eles devido ao afastamento natural.
Então as histórias, nunca longas, são iniciadas com um título, um versículo bíblico e finalizadas com uma espécie de "moral da história", chamado por ele de "princípio espiritual". Daí a facilidade de se fazer entender e prender o leitor até o final.
As histórias abrangem uma vasta gama de situações, tais como: pessoas de sucesso insatisfeitas e seus opostos (pessoas fracassadas - sempre insatisfeitas, claro ! ), casais com problemas de comunicação, pessoas com conflitos mal resolvidos, etc. Em todos os casos, Sr. Baker mostra como foi o desenvolvimento do tratamento e ressalta os aspectos psicoterapêuticos restauradores e conclui como o "princípio espiritual".
Um traço comum à maioria dos casos é a ligação de cura à restauração de relacionamentos e a associação de descontrole, pecado, trauma, conflito (enfim tudo de ruim) à ruptura de relacionamentos. Daí coisas como perdão, solidariedade, amor e confissão (no sentido de falar do problema) são elementos saudáveis para a cura, compreensão e/ou melhoria da vida dos pacientes.
Outro aspecto interessante é a associação de vício (qualquer tipo de vício, vício de substâncias, trabalho, práticas, etc) à idolatria, idolatria no sentido de substituição de Deus por qualquer coisa, dinheiro, trabalho, substâncias, etc. A consequente correção deste conflito é a restauração do relacionamento legítimo com Deus.
Particularmente eu gostei do livro, pois ele apesar de sua verve cristã, estabelece a linha de que não importa a religião ou situação da pessoa, há a necessidade de restabelecimento de relacionamentos e auto-compreensão para levar a vida de forma saudável e produtiva.

Um comentário:

  1. Maravilha Ilhado,sou psicologa e conheço este livro, de fato é uma ótima leitura não apenas para leigos, mas para nós psicólogos cristãos de modo geral. Isso porque, dentro da chamada ciencia PSICOLOGIA existem várias vertentes teóricas, nem sempre próximas dos princípios bíblicos... mas sabemos que o Senhor Jesus Cristo nos ensina sempre o caminho mais certo para sermos felizes, seus ensinamentos são SIM um instrumento valioso para confrontarmos nossos traumas e melhorarmos com seres humanos.Beijocas e Parabéns pelo artigo!

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