Terminei de ler ontem o "O apanhador no campo de centeio" de J. D. Salinger, cujo o nome completo é Jerome David Salinger - escritores americanos adoram abreviar os primeiros nomes. Pesquise T. S. Elliot, por exemplo.
Eu tinha ouvido falar tempos atrás... bastante tempo mesmo mas nunca tinha me interessado. Então comprei-o despretensiosamente e o li por completo.
À primeira vista é uma história sem graça de um fim de semana de um adolescente mimado e sem direção. Holden Caulfield está sendo expulso do seu terceiro colégio e durante o fim de semana ele conta sua visão de mundo. Repete copiosamente as palavras "troço", "não sei", "deprimido pra burro", "sacana", "droga" e "infernal".
Ele não consegue se encaixar no ambiente colegial e justifica sua falta de traquejo com razões fracas que vão desde hipocrisia dos diretores até a pouca receptividade dos colegas.
Holden Caulfield é afinal alguém solitário que a medida que se aproxima o momento de encarar os pais tenta tomar as atitudes mais drásticas (fugir por exemplo) e na verdade se deprime mais e fica mais só. Nem encontrando pessoas com quem ele se sente bem sua situação melhora. Ele até se entrega verdadeiramente no que acredita, porém fundamento é fraco pois ele vê engano, farsa, erro em todas as outras pessoas, mas nunca em si mesmo. É protótipo do adolescente que quer romper com a cultura em que vive, porém não encontra respostas para si próprio.
Analisando o livro em si, é até chato pelo vazio existencial em o garoto vive, porém se analisarmos quando ele foi publicado (1951), e que na época não havia nada que representasse a alienação juvenil nem literatura para os jovens, nesse sentido o livro é genial. Enfoca bem as angústias de Holden, sua falta de rumo fala fundo na vida dos adolescentes, não só americanos, mas do mundo inteiro.
Eu tinha ouvido falar tempos atrás... bastante tempo mesmo mas nunca tinha me interessado. Então comprei-o despretensiosamente e o li por completo.
À primeira vista é uma história sem graça de um fim de semana de um adolescente mimado e sem direção. Holden Caulfield está sendo expulso do seu terceiro colégio e durante o fim de semana ele conta sua visão de mundo. Repete copiosamente as palavras "troço", "não sei", "deprimido pra burro", "sacana", "droga" e "infernal".
Ele não consegue se encaixar no ambiente colegial e justifica sua falta de traquejo com razões fracas que vão desde hipocrisia dos diretores até a pouca receptividade dos colegas.
Holden Caulfield é afinal alguém solitário que a medida que se aproxima o momento de encarar os pais tenta tomar as atitudes mais drásticas (fugir por exemplo) e na verdade se deprime mais e fica mais só. Nem encontrando pessoas com quem ele se sente bem sua situação melhora. Ele até se entrega verdadeiramente no que acredita, porém fundamento é fraco pois ele vê engano, farsa, erro em todas as outras pessoas, mas nunca em si mesmo. É protótipo do adolescente que quer romper com a cultura em que vive, porém não encontra respostas para si próprio.
Analisando o livro em si, é até chato pelo vazio existencial em o garoto vive, porém se analisarmos quando ele foi publicado (1951), e que na época não havia nada que representasse a alienação juvenil nem literatura para os jovens, nesse sentido o livro é genial. Enfoca bem as angústias de Holden, sua falta de rumo fala fundo na vida dos adolescentes, não só americanos, mas do mundo inteiro.